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Alimentos ultraprocessados aumentam risco de câncer, alertam estudos

A alimentação moderna, baseada em produtos industrializados e ultraprocessados, tem impacto direto na saúde e pode aumentar o risco de câncer. “Esses produtos apresentam baixo valor nutricional, alta carga glicêmica e excesso de aditivos químicos. O consumo frequente está associado a doenças metabólicas e diferentes tipos de tumor”, explica o oncologista Antonio Carlos Buzaid, diretor médico do Centro de Oncologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e cofundador do Instituto Vencer o Câncer.

O que são alimentos ultraprocessados?

São formulações industriais com cinco ou mais ingredientes e aditivos como corantes, aromatizantes, conservantes, óleos hidrogenados e amido modificado. Fazem parte dessa lista refrigerantes, embutidos (salsicha, presunto, mortadela), salgadinhos, bolachas recheadas, pratos congelados e cereais matinais adoçados. Apesar de populares e acessíveis, têm pouco valor nutricional e estão associados a obesidade, diabetes e maior risco de câncer.

A ciência confirma a relação com tumores

Em 2023, um estudo publicado na The Lancet analisou dados de 266 mil pessoas em sete países europeus. O resultado mostrou que um aumento de apenas 10% no consumo de ultraprocessados eleva em 2% o risco de câncer, incluindo tumores de mama, ovário e intestino. “Assim como acontece com o tabagismo e o álcool, a mensagem é clara: quanto menor o consumo, menor o risco”, reforça Buzaid.

Foto: Divulgação.

Saúde pública e prevenção

Para reverter esse cenário, especialistas defendem campanhas educativas, incentivo ao consumo de alimentos frescos e taxação de produtos ultraprocessados. “A alimentação saudável em escolas públicas, por exemplo, seria um passo importante para mudar o padrão alimentar da população e reduzir casos futuros de câncer”, avalia o oncologista.

A recomendação é clara: priorizar alimentos in natura e minimamente processados pode reduzir riscos, melhorar a qualidade de vida e diminuir a sobrecarga sobre os sistemas de saúde. “Cada escolha alimentar é uma forma de prevenção. O impacto é individual, mas também coletivo”, conclui Buzaid.

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