Você já se perguntou o que acontece enquanto está sob efeito de anestesia em uma cirurgia? Para a maioria das pessoas, esse é um momento de total apagão. Mas nos bastidores do centro cirúrgico, há um profissional fundamental que monitora cada segundo: o anestesista.
Foi exatamente o que viveu Maria, uma professora de 42 anos prestes a retirar a vesícula. Na consulta pré-anestésica, ela revelou ao médico um dos temores mais comuns entre os pacientes: “E se eu não acordar?” Com tranquilidade, ele respondeu: “Maria, vou cuidar de você do início ao fim, como se fosse minha única paciente no mundo.”
Muito além de “colocar para dormir”
Enquanto a cirurgia acontecia, o anestesista monitorava em tempo real batimentos cardíacos, oxigenação, pressão arterial e resposta do corpo aos medicamentos. O profissional permaneceu na sala o tempo todo, ajustando doses e antecipando qualquer alteração. “Nosso papel é garantir segurança e bem-estar durante todo o procedimento”, explica o médico anestesista Dr. Gabriel Redondano.
A escolha do tipo de anestesia também é planejada com base no tipo de cirurgia, histórico de saúde e necessidades do paciente. No caso da Maria, foi usada a anestesia geral. Em outros casos, técnicas regionais — como a peridural em partos — ou locais, como nos consultórios odontológicos, são mais indicadas.
A segurança está nos detalhes — e na tecnologia
Com o avanço dos monitores, protocolos e medicamentos, a anestesia tornou-se uma das áreas mais seguras da medicina. Exames prévios, avaliação detalhada do histórico e controle contínuo do organismo do paciente fazem parte da rotina da anestesiologia moderna.
“É fundamental que o paciente siga orientações como jejum e evite automedicação antes do procedimento. Pequenas atitudes fazem grande diferença para a segurança da anestesia”, reforça Dr. Redondano.

Acordar bem: o verdadeiro objetivo da anestesia
Após a cirurgia, Maria acordou na sala de recuperação e viu o anestesista ao seu lado. “Foi tudo bem?”, perguntou. “Foi perfeito”, respondeu ele. O medo de não acordar, segundo o médico, é mais comum do que se imagina — e também mais infundado hoje, graças aos protocolos de segurança.
A anestesia é, acima de tudo, uma ciência baseada em precisão e cuidado humano. É o elo invisível que torna possível a maioria dos procedimentos cirúrgicos modernos, garantindo que o paciente durma com segurança e acorde para retomar a vida com saúde.



