Seja pelo modernismo inovador de Tarsila do Amaral, pela abstração de Lygia Clark ou pelo impacto visual das instalações contemporâneas de Cildo Meireles, o Brasil tem marcado presença em coleções internacionais com obras que carregam sua identidade e história.
A pintura Abaporu (1928), uma das obras mais icônicas do modernismo brasileiro, pertence à coleção do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (MALBA), mas o MoMA, em Nova York, também exibe obras da artista, como A Lua (1928) que foi adquirido por 20 milhões de dólares, a transação mais cara da história da arte brasileira.
Candido Portinari (EUA)

Os painéis “Guerra e Paz”, finalizados em 1957, estão expostos na sede da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York. Essas obras foram um presente do governo brasileiro à ONU e são um exemplo da contribuição brasileira para a arte internacional.
Lygia Clark na Tate Modern (Reino Unido)

A artista, um dos nomes mais influentes do movimento neoconcreto, tem diversas obras em exposição permanente na Tate Modern, em Londres. Seus trabalhos interativos, como os Bichos, revolucionaram a relação do espectador com a arte e consolidaram sua importância na cena global.
Cildo Meireles no Centre Pompidou (França)

Cildo Meireles se firmou como um dos artistas brasileiros com mais prestígio no exterior. Já recebeu o prêmio Roswitha Haftmann, considerada a maior láurea de arte da Europa e tornou-se o segundo brasileiro a ter uma exposição retrospectiva no Tate Modern, em Londres. Suas obras estão no Museum of Modern Art, o MoMA e Centre Georges Pompidou.
Adriana Varejão no Guggenheim (EUA)

A artista carioca Adriana Varejão, conhecida por suas obras que exploram o barroco e a colonização, tem trabalhos expostos no Metropolitan Museum of Art (MoMA) e Solomon R. Guggenheim Museum, em Nova York, Tate Modern, em Londres, e Fondation Cartier pour l’art Contemporain, em Paris. “Swimming Pool” faz parte da coleção permanente do Museu de Arte Contemporânea Hara, em Tóquio.
Hélio Oiticica no MoMA e na Tate Modern

Oiticica, criador dos famosos Parangolés, é outro nome forte da arte brasileira com forte presença em museus fora do Brasil. Com uma prática que incluía pintura, escultura, instalação, performance, cinema e escrita, o artista foi um membro proeminente do Grupo Frente (uma associação de artistas concretos) e, em 1959, co-fundou o movimento neoconcreto com artistas e poetas como Lygia Clark, Lygia Pape e Ferreira Gullar. Oiticica foi bolsista da Fundação Guggenheim em 1970, e hoje seu trabalho está presente em coleções ao redor do mundo, incluindo no MoMA e no Tate Modern.
Eduardo Kobra

Eduardo Kobra é um dos artistas brasileiros mais reconhecidos internacionalmente, com murais espalhados pelo mundo. Seu mural “Nações Unidas Nova York” na sede da ONU destaca a questão ambiental e a responsabilidade das gerações futuras.
Exposição do Modernismo Brasileiro em Londres
Recentemente, a Royal Academy of Arts, em Londres, abriu uma exposição intitulada “Brasil! Brasil! O Nascimento do Modernismo”, com mais de 130 obras de artistas brasileiros como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Candido Portinari. Esta mostra é um marco importante para a arte brasileira no cenário internacional.
A presença de artistas brasileiros nos principais museus do mundo reforça a força e a originalidade da nossa arte. Com um repertório que vai do modernismo à arte contemporânea, o Brasil segue conquistando espaços e ampliando sua visibilidade global.