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Bruna Henares: “Aquele 12 por 8 já não é normal: nova diretriz considera pré-hipertensão”

Sociedade Brasileira de Cardiologia lança atualização no Congresso Brasileiro de Cardiologia 2025, alinhada às recomendações internacionais, e reforça metas mais rígidas para controle da pressão arterial.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) apresentou no Congresso Brasileiro de Cardiologia 2025 a nova Diretriz de Hipertensão Arterial, que traz mudanças importantes na forma de diagnosticar e tratar a pressão alta. O documento corrobora as tendências já destacadas no Congresso Europeu de Cardiologia (ESC 2024), colocando o Brasil em sintonia com as recomendações internacionais.

A grande novidade é que o famoso 12 por 8 (120/80 mmHg) já não é considerado totalmente normal. A diretriz define esse valor como pré-hipertensão, um estágio de alerta que exige mudanças de hábitos e acompanhamento médico para prevenir complicações.

Classificação da pressão arterial

Segundo a nova diretriz:
• A pressão normal é aquela abaixo de 120 por 80 mmHg.
• Entre 120 a 139 de sistólica e/ou 80 a 89 de diastólica, a pressão é considerada pré-hipertensão.
• Valores de 140 a 159 por 90 a 99 mmHg correspondem à hipertensão estágio 1.
• De 160 a 179 por 100 a 109 mmHg, trata-se de hipertensão estágio 2.
• E quando a pressão está acima de 180 por 110 mmHg, configura-se a hipertensão estágio 3, considerada grave.

Medir certo é fundamental

A diretriz reforça que a técnica correta de aferição é essencial para evitar erros: repouso de 5 minutos, braço na altura do coração, três medidas consecutivas e evitar café ou exercício físico 30 minutos antes.

Além disso, exames fora do consultório, como a monitorização residencial (MRPA) e a monitorização ambulatorial (MAPA), passam a ter papel de destaque para identificar situações como a hipertensão do avental branco e a hipertensão mascarada.

Quando começar o tratamento?
• Pressão ≥ 140/90 mmHg: o tratamento medicamentoso deve começar imediatamente.
• Pressão entre 130–139/80–89 mmHg: se o paciente for de alto risco cardiovascular e não atingir controle após três meses de medidas de estilo de vida, a recomendação é iniciar medicamentos.

Qual a meta de controle?

O objetivo é reduzir a pressão para menos de 130 por 80 mmHg em todos os pacientes, desde que bem tolerada. A recomendação é revisar o tratamento a cada quatro semanas até chegar à meta, combatendo a chamada inércia terapêutica.

A diretriz também alerta para cautela em pacientes com doença coronária, nos quais valores muito baixos de pressão diastólica podem trazer riscos.

Tratamento em associação

Outra orientação prática é iniciar já com associações em comprimido único. Essa estratégia aumenta a adesão ao tratamento e melhora os resultados. Os betabloqueadores ficam reservados para situações específicas.

Um problema de saúde pública

A hipertensão arterial afeta mais de 30% da população adulta brasileira e é o principal fator de risco para infarto, AVC, insuficiência cardíaca e doença renal crônica.

A mensagem é clara: aquele 12 por 8 já acende um alerta. Detectar cedo, mudar hábitos e tratar de forma adequada é essencial para proteger o coração e garantir mais qualidade de vida.

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