A medicina deu mais um passo importante no combate ao câncer com a radiologia intervencionista — uma abordagem que vem transformando o tratamento de tumores por meio de técnicas minimamente invasivas, sem a necessidade de cirurgias extensas ou internações prolongadas.
Utilizando imagens de ultrassom, tomografia ou ressonância magnética, médicos inserem agulhas, cateteres ou sondas para atingir diretamente os tumores. “Conseguimos tratar o câncer com calor, frio, pulsos elétricos ou medicamentos aplicados diretamente no tumor, preservando os tecidos saudáveis ao redor”, explica o radiologista intervencionista Dr. Felipe Roth Vargas, especialista no tema e membro da Brazil Health.
Alta precisão, menos riscos e recuperação mais rápida
Entre os principais procedimentos estão a ablação por radiofrequência ou micro-ondas, usada para destruir tumores com calor, e a crioablação, que congela as células cancerígenas. Já a quimioembolização e a radioembolização interrompem o suprimento de sangue ao tumor e aplicam quimioterapia ou radiação diretamente na lesão.
“A grande vantagem da radiologia intervencionista é sua precisão. Evitamos grandes cortes, diminuímos o risco de infecções e garantimos uma recuperação muito mais rápida para o paciente”, destaca o médico. Em muitos casos, a alta hospitalar ocorre no mesmo dia ou no seguinte.
Indicado para diferentes perfis de pacientes
A técnica pode beneficiar pacientes com tumores pequenos, localizados em áreas de difícil acesso cirúrgico, ou aqueles que não têm condições clínicas para enfrentar uma operação. Também pode ser uma alternativa eficaz para controle de sintomas em cânceres avançados.
“Além de tratar, conseguimos melhorar a qualidade de vida. Podemos aliviar dores, drenar líquidos acumulados e resolver obstruções causadas por tumores”, afirma Dr. Felipe.
O futuro da oncologia é menos invasivo
Com o apoio de tecnologias cada vez mais modernas — incluindo inteligência artificial na análise de imagens — a radiologia intervencionista se consolida como uma das áreas mais promissoras da oncologia moderna.
“Essa abordagem representa uma verdadeira revolução. Estamos oferecendo aos pacientes uma chance real de combater o câncer com menos sofrimento e mais dignidade”, conclui o especialista.
