Celebrar a cultura brasileira é celebrar Mazzaropi!

Assim como temos grandes nomes consagrados na nossa música popular brasileira, que levaram a cultura do país Brasil afora por meio de suas canções, temos Amácio Mazzaropi: um dos mais consagrados nomes do cinema, da televisão e do teatro brasileiro.

Hoje seria aniversário desse ator, humorista, cantor, produtor e cineasta, considerado o maior cômico do cinema brasileiro e o único artista que ficou milionário fazendo filmes no Brasil.

Hoje é aniversário de Mazzaropi, Mazzaropi
Hoje é aniversário de Mazzaropi! | Foto: Reprodução.

Trajetória de Mazzaropi

Em 30 anos, Mazzaropi participou de 32 produções cinematográficas, as primeiras como ator, mas – a partir de 1958 – também como produtor e, às vezes, como roteirista, colaborando com os diretores. Suas produções foram fenômeno de público por mais de três décadas, levando multidões a formarem filas na porta dos cinemas.

Nascido em São Paulo, em 1912, filho de um imigrante italiano com uma filha de imigrantes portugueses nascida em em Taubaté, Mazzaropi cresceu na cidade, onde também visitava seu avô materno no município vizinho de Tremembé. O avô era exímio tocador de viola e dançarino de cana-verde, modalidade de dança portuguesa, além de animador de festas.

Foi neste contexto de família humilde de imigrantes vivendo no interior paulista que Mazzaropi teve contato com a vida cultural do caipira, que tanto o inspirou. O ator criava tipos bem brasileiros com genialidade desde criança e uma das suas interpretações mais emblemáticas no cinema foi o personagem Jeca Tatu, baseado no caipira criado por Monteiro Lobato, que passa a ter a cara, o andar, o falar e os trejeitos de Mazzaropi.

O ator habitou o imaginário popular brasileiro como a mais pura expressão da cultura do interior do país. Seus personagens, por vezes ingênuos, outras vezes espertos ou atrapalhados, tinham a marca da boa índole do homem típico, que pode até buscar levar uma vantagem ou outra, mas conserva a pureza das intenções e a retidão do caráter.

Antes do sucesso nos cinemas, com outros filmes como Tristeza do Jeca, O Corintiano e O Vendedor de Linguiça, Mazzaropi se apaixonou pelo circo, onde trabalhou contando anedotas e causos e ganhando poucos trocados; montou sua própria trupe de teatro – na qual levou os pais para trabalhar com ele; foi estrela de programas de rádio e de televisão; teve sua própria produtora e distribuidora de cinema, além de seu próprio estúdio cinematográfico, onde formou atores e técnicos; e chegou a gravar alguns compactos, pois amava cantar valsa, MPB e fazer seresta com os seus amigos.

Mazzaropi faleceu em 1981, com 69 anos de idade, antes de finalizar seu 33º filme, mas fez história não só como um grande ator, mas como um dos maiores responsáveis pelo crescimento, desenvolvimento e consolidação da indústria cinematográfica brasileira.

Inaugurada em agosto de 1990,  a Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, localizada no bairro do Brás, em São Paulo, é um centro fomentador da cultura brasileira, responsável por trabalhar o resgate da cultura popular e o intercâmbio entre artistas com atividades em diversas expressões.

Em 1992, também foi fundado o Museu Mazzaropi, na Estrada Amácio Mazzaropi, em Taubaté, que resgata a história do artista e da nossa cultura brasileira.

Viva a cultura brasileira! Viva Mazzaropi!

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