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Chocolate faz mal? Especialista explica como consumir sem culpa e quais os tipos mais saudáveis

Para muita gente, resistir ao chocolate parece impossível — e a sensação de prazer que ele provoca no cérebro ajuda a explicar por quê. Mas quando o consumo vira compulsão, pode colocar a saúde em risco. A boa notícia é que não é preciso cortar o chocolate da dieta: com moderação e escolhas adequadas, ele pode até ser benéfico.

Segundo o endocrinologista Dr. Maurício Yagui Hirata, membro do corpo clínico dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, a combinação de açúcar e gordura presente nos chocolates convencionais estimula a liberação de substâncias que dão sensação de prazer, como a dopamina. “Para algumas pessoas, esse efeito dura pouco e acaba levando à repetição do consumo — o que pode gerar compulsão”, explica o médico.

Ultraprocessados: os maiores vilões

O grande problema está na composição da maioria dos chocolates industrializados, especialmente os ultraprocessados. Eles costumam conter grandes quantidades de açúcar refinado, leite (um problema para quem tem intolerância à lactose), gordura trans e aditivos químicos. “Esses ingredientes elevam o colesterol, aumentam o risco de doenças cardiovasculares e dificultam o controle glicêmico de pacientes com pré-diabetes ou diabetes”, alerta o endocrinologista.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo excessivo de gordura trans está relacionado a cerca de 500 mil mortes por doenças cardiovasculares por ano no mundo.

Como escolher o melhor chocolate para a saúde

A recomendação do especialista é clara: prefira chocolates com mais de 70% de cacau, menos açúcar e sem aditivos artificiais. “É fundamental ler os rótulos e evitar produtos com conservantes, emulsificantes e aromatizantes. Quanto mais puro o chocolate, melhor para a saúde”, orienta o Dr. Hirata.

Foto: Divulgação.

Chocolate amargo pode ser um aliado

Rico em flavonoides e antioxidantes naturais, o chocolate amargo pode ajudar a reduzir a pressão arterial, melhorar a sensibilidade à insulina e proteger o coração. “Estudos mostram que o consumo moderado está associado à melhora do humor e até à redução do risco de doenças cardiovasculares”, afirma o médico.

Atenção ao tamanho da porção

Mesmo o chocolate amargo deve ser consumido com equilíbrio. “Uma porção de 20 a 30 gramas por dia é suficiente para obter benefícios sem prejudicar a dieta”, diz o endocrinologista. Ele reforça que o mais importante é evitar exageros e, em caso de compulsão, buscar orientação médica.

“Chocolate não precisa ser um vilão. Com escolhas mais conscientes e moderação, ele pode fazer parte de uma alimentação saudável”, conclui o Dr. Hirata.

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