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Cícero lança novo disco e fala sobre o trabalho no ‘Vozes da Vez’

Cícero é cantor e compositor carioca. Ele lançou na última semana um novo álbum, seu primeiro disco de inéditas em 5 anos. Ele veio ao Vozes da Vez, programa apresentado pela jornalista Fabiane Pereira – ganhadora do APCA na categoria rádio – e falou do trabalho.

Numa conversa bonita e sincera, o artista lembrou dos lutos vividos nos seus últimos cinco anos. Fragmentado. Assim ficou Cícero no pós pandemia. “Passei minha vida registrando tudo em álbuns”. E em “Uma onda em pedaços” há muitos registros da vida do músico de 39 anos. “Comecei a cantar porque escrevia, mas agora me sinto confortável nas duas coisas”.

“Uma Onda em Pedaços” traz dez inéditas, incluindo participações de Duda Beat, Tori e Vovô Bebê. As dez faixas que compõem o novo trabalho expressam muito bem isso. Músicas em português, inglês e em idioma nenhum, que tratam de finais e recomeços, com estéticas diferentes entre si, tanto nos arranjos, quanto nas letras ou no som da voz, algo que remete ao seu álbum mais experimental, Sábado (2013) e ao solar A Praia (2015).

Capa do álbum “Uma Onda em Pedaços”. Foto: Divulgação.

Como diz a música de abertura, Pássaro Nave, “Quando estava, não estava, andava desligado”, o músico carioca faz uma reflexão profunda sobre seu caminho até hoje, sobre o passado, o presente e o futuro.

Tão diferentes quanto as estéticas das participações do disco, como Duda Beat e Vovô Bebê, os caminhos que o álbum propõe incluem do forró ao rap, da canção clássica ao experimental, do regional ao universal, como já característico da obra do compositor carioca.

Indo da cálida e jazzística “Lucille” à experimental “Meu amigo Harvey”, que mistura sample de Brahms com referências ao conto do flautista de Hamelin e ao filme da década de 50 que dá nome à canção, Cícero leva adiante sua marca de assimilar toda a cultura com quem tem contato, numa espécie de encarnação do manifesto antropofágico de Oswald de Andrade.

Citando Fernando Pessoa (“No rebanho dos meus pensamentos”) o músico expõe seus pensamentos e sentimentos e, por isso, soa em pedaços, em ilhas de sentimentos que embora aparentemente desconexos, ilustram com clareza a personalidade de seu criador ao final da audição.

“Todo mundo entende tudo”. Partindo dessa premissa o álbum não subestima o ouvinte, que é levado a cascatas de pensamentos e sons que vão de linhas lógicas de pensamento a outra menos lógicas e mais intuitivas. O resultado é um álbum excitante, misterioso e comovente.

E como diz a canção que encerra o disco: “O passado segue adiante”.

Um papo sobre finais e recomeços, sobre sonoridades, processos, amizade e sua própria discografia. Vale a audição:

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