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Conheça Anastácia, a “Rainha do Forró”

Você conhece Anastácia, a “Rainha do Forró”, que completa 85 anos neste 30 de maio de 2025?

Conhecida também como a “Guardiã da Tradição Nordestina”, Anastácia é uma das mais respeitadas e influentes cantoras e compositoras do país. Com uma carreira que abrange mais de seis décadas, ela construiu um legado que reverberará para sempre na música popular brasileira.

Sobre Anastácia

Nascida em Recife, Pernambuco, com o nome de Lucinete Ferreira, desde a infância mostrou um talento excepcional para a música. Ainda adolescente, começou a cantar em programas de rádio e rapidamente se destacou pela sua voz forte e pelo domínio dos ritmos nordestinos, especialmente o forró.

Anastácia não é apenas uma intérprete extraordinária, mas também uma compositora prolífica – uma das maiores da história da música brasileira – com mais de 800 músicas registradas em seu nome, mais de 250 delas em parceria com o compositor e sanfoneiro pernambucano Dominguinhos, com quem Anastácia foi casada e formou uma das parcerias mais frutíferas da MPB. 

Juntos, eles criaram clássicos como: “Eu Só Quero Um Xodó”; “De Amor eu Morrerei”;Sanfona Sentida” e “Tenho Sede”, e foram gravados por grande parte dos artistas brasileiros de gerações e estilos diversos.

No começo da década de 1950, Anastácia começou a trabalhar, ainda criança, como cantora, acompanhada por uma prima, pois sua mãe não podia se ausentar da casa. 

Aos 14 anos, foi convidada para se apresentar na principal emissora do Recife, a Rádio Jornal do Commercio e sua estreia foi acompanhada por Hermeto Pascoal. Lá, interpretava canções do sul do país, e mais tarde, principalmente, as versões gravadas por Celly Campello, cantora paulista. 

Anastácia foi contratada a seguir, para integrar o casting da rádio e, graças ao sucesso ali alcançado, passou a realizar muitos shows nos circos, então um dos principais meios de espetáculo nas cidades nordestinas. 

Anastácia ficou na rádio até até 1960, ano em que mudou-se para São Paulo e mudou seu repertório para o gênero nordestino. Nesta época ela já compunha e realizava apresentações pelas cidades interioranas de Pernambuco.

Nessa mesma época, ganhou do produtor, cantor e compositor Palmeira, então diretor da gravadora Chantecler, o nome artístico de Anastácia, por inspiração de um filme com o mesmo nome que fazia bastante sucesso na época. 

Ainda em 1960, gravou seu primeiro compacto pela Chantecler, e – nos anos que se seguiram – lançou mais alguns compactos pela gravadora. 

Em 1963, o cantor Noite Ilustrada gravou a primeira composição de Anastácia, “Conselho de Amigo”, feita em parceria com Italúcia

A cantora passou, em seguida, para a gravadora Continental, onde gravou seu LP de estreia “Anastácia no Torrado” (1964), que trouxe ao público a energia e a autenticidade da música nordestina. 

Ao longo de sua carreira, sua discografia inclui álbuns marcantes como “Xodó de Anastácia” (1972) e “Rainha do Forró” (1999). Esses trabalhos destacam sua capacidade de renovar o forró sem perder as raízes, mantendo viva a tradição enquanto dialoga com o contemporâneo.

Ainda em meados dos anos 1960, Anastácia conheceu Dominguinhos, com quem se casou e formou uma parceria musical, que durou de 1967 a 1976, e que ajudou a popularizar o forró no sudeste do país. 

Com sua voz inconfundível e uma presença de palco cativante, Anastácia ajudou a difundir a música nordestina e a abrir portas para muitos outros artistas do gênero.

Anastácia é uma referência indiscutível para as novas gerações de músicos, especialmente aqueles que buscam preservar e inovar dentro da música regional. Com mais de 30 álbuns lançados, sua obra não só reflete a riqueza cultural do nordeste, mas também sua paixão pela música e pela cultura popular.

E a Rainha do Forró não pára!

Nos últimos anos, Anastácia continua a produzir e a lançar novas canções, mostrando que sua criatividade e energia estão longe de se esgotar: em 2015, com o disco “60 Anos de Forró e MPB”, foi indicada ao Prêmio de Música Brasileira, na categoria Melhor Cantora de Música Regional

Em 2018, aos 77 anos, lançou o primeiro DVD da carreira, “Daquele Jeito”, sintetizando seu estilo e com diversas participações especiais, entre elas: Zeca Baleiro, Fagner, Fafá de Belém, Trio Xamego, Dantas do Forró e Niltinho Ribeiro. O álbum obteve sucesso perante a crítica e foi indicado ao prêmio Grammy Latino de “Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa”.

Em 2021, ano em que completou 80 anos, Anastácia foi a primeira homenageada do Troféu Tradições, prêmio entregue pela União Brasileira dos Compositores (UBC). A homenagem contou com um show da compositora, no qual ela celebrou sua trajetória musical, com participações especiais de Zeca Baleiro, Mariana Aydare Mestrinho tocando seus principais sucessos.

No mesmo ano, lançou – em parceria com Fi Bueno – seu mais recente álbum  – “Identidades” –  com participação de Zeca Baleiro em “Estrela Cadente”, e de Gilberto Gil em “Interestelar” (ambas composições de Anastácia e Fi Bueno). Este último single foi lançado com um mini-doc com a participação dos artistas e de Guto Graça Mello, produtor do álbum.

Hoje, completando 85 anos, Anastácia é celebrada como uma das grandes mulheres da música brasileira, uma artista que não só ajudou a moldar o forró como o conhecemos, mas também a mantê-lo vivo e pulsante. Sua influência pode ser sentida em todo o Brasil, e sua música continua a inspirar e a emocionar novas gerações de artistas e fãs.

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