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Desenvolvimento infantil: por que acompanhar cada etapa pode mudar o futuro da criança

Sustentar a cabeça, engatinhar, dizer as primeiras palavras ou brincar com outras crianças: esses pequenos gestos fazem parte dos chamados marcos do desenvolvimento, que indicam como está o progresso físico, cognitivo, motor e emocional de uma criança. Embora cada criança tenha seu ritmo, saber o que é esperado em cada idade é essencial para detectar possíveis atrasos e garantir uma intervenção precoce.

“A avaliação do desenvolvimento infantil começa ainda na gestação, com o pré-natal e os exames de imagem. Mas é nos primeiros anos de vida que esse acompanhamento se torna ainda mais decisivo”, explica a pediatra e neonatologista Dra. Vitória Paiva, do Hospital Albert Einstein.

Mais do que pesar e medir: o que é puericultura?

A prática médica voltada ao acompanhamento infantil é chamada de puericultura. Segundo a especialista, vai muito além de pesar e medir. “É uma análise global da saúde da criança, que leva em conta não só o crescimento físico, mas também o desenvolvimento neuropsicomotor, a comunicação, o comportamento e o vínculo familiar”, afirma.

O que se espera em cada fase?

Os marcos do desenvolvimento são organizados em quatro áreas principais:

  • Motricidade grossa: envolve ações como sustentar a cabeça (por volta de 2 meses), sentar-se sem apoio (6 meses) e andar (12 meses).
  • Motricidade fina: inclui segurar objetos (6 a 9 meses) e desenhar formas simples (3 a 4 anos).
  • Linguagem e comunicação: abrange desde os balbucios (a partir dos 4 meses) até frases completas (em torno dos 2 a 3 anos).
  • Social e emocional: vai do sorriso social (6 a 8 semanas) até interações mais complexas, como brincar com outras crianças (2 a 3 anos).
Foto: Divulgação.

A importância da detecção precoce

Observar se a criança está atingindo os marcos esperados pode ajudar na identificação de quadros como autismo, paralisia cerebral ou atrasos de linguagem. Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores as chances de a intervenção ser eficaz, já que os primeiros anos de vida são marcados por uma intensa neuroplasticidade — ou seja, a capacidade do cérebro de se adaptar e se reorganizar.

Monitoramento com apoio multidisciplinar

Além da observação clínica feita nas consultas pediátricas, escalas como a Escala de Denver, as Bayley Scales e a Caderneta da Criança são usadas para apoiar o diagnóstico. O processo é frequentemente multidisciplinar e pode envolver pediatras, neurologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

“O acompanhamento contínuo permite orientar as famílias e estimular adequadamente a criança em cada fase. Isso tem um impacto direto na saúde, na aprendizagem e no bem-estar futuro”, reforça a Dra. Vitória Paiva.

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