Diego Amorim: “Resta-nos dizer amém”

Roma/Vaticano – É clichê, é óbvio, é repetitivo, mas não há como começar o relato de hoje sem dizer… ‘habemus papam!’. Ao fim da quarta votação deste conclave, a fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina e, em seguida, o cardeal Robert Prevost, de 69 anos, foi anunciado ao mundo como o pontífice de número 267 da Igreja Católica: papa Leão XIV.

O segundo dia de conclave começou com a Praça de São Pedro bastante movimentada, segurança ainda mais reforçada e uma expectativa enorme de que a espera pelo novo líder da Igreja Católica pudesse chegar ao fim. Estávamos ao vivo, eu e Hariane Bittencourt, no jornalismo da Novabrasil, quando saiu uma segunda fumaça preta, durante a manhã.

Eu e boa parte da multidão que se aglomerava diante da Basílica de São Pedro, no entanto, sentíamos que o resultado do conclave pudesse de fato sair hoje, uma vez que os dois últimos conclaves terminaram igualmente no segundo dia de votações. O sentimento se concretizou.

Eram 18h09 aqui em Roma, cinco horas à frente do Brasil, quando a criança italiana ao meu lado, que jogava baralho sentada ao chão com o pai atrás de mim, largou as cartas às pressas. Do meu lado direito, as freiras pararam de rezar o terço. E gritos, choros e cânticos passaram a ecoar pela Praça: fumaça branca! Eu estava bem pertinho do último alambrado antes da Basílica, sem sinal de internet, cortado pelas forças de segurança locais.

A emoção de ver a história acontecer diante de si é realmente indescritível, para católicos e mesmo ateus curiosos. Os homens da Guarda Suíça apareceram imponentes, os cardeais surgiram alegres nas varandas laterais e, por fim, diante de uma Praça em absoluto silêncio — antes da euforia — o novo papa estreou suas palavras e bênçãos como Leão XIV. Resta-nos dizer amém.

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