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Do hype à renda: como o morango do amor salvou o negócio de Alê

Alê Reis sabia fazer doces. Mas não imaginava que um dia aprenderia uma nova receita, tão simples quanto chamativa, que viraria a peça-chave de seu sustento. No Jardim Jaqueline, na zona oeste de São Paulo, a confeiteira transformou o morango do amor em motor de vendas e ferramenta para quitar dívidas. Hoje, a Confeitaria da Ale vende cerca de 100 unidades por dia, mesmo enfrentando uma alta de quase 50% no preço da fruta no intervalo de apenas uma semana.

“Eu larguei meu emprego fixo faz dois anos. Apostei tudo, o que podia e o que não podia. Fiz empréstimo, abri a loja física em dezembro… e o morango veio para salvar mesmo”, conta Alê.

Febre nas redes, sucesso nas vitrines

O morango do amor se espalhou pelas redes sociais, ganhou versões com recheio e embalagens caprichadas, virou um hype irresistível. Segundo Alê, nove em cada dez clientes pedem o doce. A demanda explodiu, e ela precisou ampliar a produção, contratar uma ajudante e até um novo motoboy.

“Já fazemos também a uva do amor, e estamos testando versões com maracujá e limão. É o cliente que dita o cardápio”, diz. A estratégia ajuda a driblar os custos: com seu fornecedor, o morango chegou a R$ 65 a caixa, tornando a compra diária um desafio logístico e financeiro. Dias atrás, o valor da caixa era de R$45.

Doçura com preço amargo

A inflação não atinge só a fruta. Embalagens, caixinhas, insumos, tudo encareceu. “A gente teve que aumentar R$ 1 ou R$ 2 por unidade, mas os clientes entendem. O produto é bom e feito com carinho”, afirma Alê, que adapta os preços sem perder o movimento.

O sucesso tem gosto de alívio. Com a renda do doce, ela consegue adiantar parcelas de empréstimos com desconto e manter o negócio girando. “Geramos emprego, contratamos mais gente. Tá sendo maravilhoso. Tomara que venham mais produtos hypados assim.”

E quem inventou o morango do amor?

A origem do doce virou polêmica na internet. Tem gente do Oiapoque ao Chuí dizendo que vendia há anos. Há até registros antigos de versões similares na China. Mas, como brinca o repórter Decio Caramigo, durante a entrevista que foi ao ar durante o Jornal Novabrasil, não importa muito o inventor, mas sim quem vende agora… e também o sabor que chega à boca de quem prova.

A crocância do caramelo fininho, o azedinho do morango e o recheio de brigadeiro de ninho criam uma verdadeira “explosão de sabores”. E, mais do que isso, oferecem uma colherada de esperança para quem fez do açúcar um caminho de reinvenção.

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