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Doença de Parkinson: entenda os primeiros sinais e os avanços no tratamento

A Doença de Parkinson tem ganhado destaque com o relato de celebridades como o cantor Morten Harket, da banda A-ha, e a maquiadora Molly Stern. Mais do que uma condição que afeta o movimento, trata-se de uma doença neurológica crônica, progressiva e multifacetada, cujos sintomas muitas vezes passam despercebidos nas fases iniciais.

Sintomas vão além do tremor

Ao contrário do que muitos imaginam, o tremor não é o primeiro e nem o principal sinal da doença. “O sintoma motor mais característico do Parkinson é a bradicinesia, ou seja, a lentidão dos movimentos”, explica a neurologista Dra. Carina França, especialista em distúrbios do movimento. Isso pode se manifestar por caligrafia menor, voz mais baixa, diminuição do balanço dos braços ao caminhar e até perda da expressão facial.

Outros sintomas motores incluem rigidez muscular e tremor de repouso — mas nem todos os pacientes apresentam esse último sinal. Além disso, há sintomas não motores que podem aparecer anos antes dos primeiros sinais físicos, como a perda parcial do olfato (hiposmia), distúrbios do sono REM, dor, depressão, ansiedade, constipação e alterações da pressão arterial.

Abordagem multidisciplinar e novas tecnologias

Embora ainda não exista cura para o Parkinson, os tratamentos atuais possibilitam controle significativo dos sintomas. “O tratamento ideal é sempre multidisciplinar, combinando medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e apoio psicológico”, afirma a neurologista.

A levodopa continua sendo o principal remédio, com eficácia comprovada e poucos efeitos adversos. Outras medicações são usadas em associação, e dispositivos como a bomba subcutânea de foslevodopa-foscarbidopa prometem melhorar ainda mais a qualidade de vida dos pacientes — a tecnologia aguarda aprovação da Anvisa.

Casos selecionados também podem se beneficiar da estimulação cerebral profunda (DBS), uma cirurgia com eletrodos implantados no cérebro e controlados por um dispositivo no tórax, que melhora os sintomas motores nos períodos em que os remédios não estão funcionando bem.

Outra inovação é a neuroablação por ultrassom focalizado de alta intensidade (HiFU), que trata o tremor sem cirurgia aberta. No entanto, esse método atua apenas de um lado do cérebro e não afeta outros sintomas da doença.

Foto: Divulgação.

Impactos emocionais exigem cuidado especial

Receber o diagnóstico pode ser um processo difícil, especialmente por ser uma condição progressiva. Segundo a Dra. Carina, muitos pacientes enfrentam um luto interno e precisam de acompanhamento psicológico desde o início para lidar com a nova realidade e manter o tratamento adequado.

O envolvimento de uma rede de apoio — com familiares, amigos ou grupos de pacientes — é essencial. Além do suporte emocional, esses vínculos ajudam a manter o paciente ativo, informado e motivado ao longo do tratamento.

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