A dor nas costas tornou-se uma das principais causas de incapacidade entre os idosos brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, quase 37% da população acima dos 50 anos sofre com dores crônicas, sendo a lombar uma das mais comuns. O aumento da expectativa de vida no país, somado à falta de atividade física, agrava o quadro e exige atenção redobrada da saúde pública.
“A dor nas costas não é apenas um incômodo passageiro. Ela compromete a mobilidade, a autonomia e a qualidade de vida de milhares de idosos no Brasil”, alerta o neurocirurgião Dr. Roger Schmidt Brock, membro do Núcleo de Coluna do Hospital Sírio-Libanês. O especialista reforça que a dor lombar é hoje uma das principais causas de anos de vida ajustados por incapacidade, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Consequências físicas e sociais da dor crônica
O estilo de vida sedentário, comum na terceira idade, é um dos maiores responsáveis pela dor. A falta de movimentação enfraquece os músculos que sustentam a coluna, prejudica a postura e aumenta o risco de inflamações e lesões. “Muitos idosos enfrentam limitações para se exercitar, seja por falta de orientação, acesso a espaços adequados ou por não entenderem os benefícios da atividade física regular”, explica Dr. Brock.
Além dos prejuízos físicos, o problema também tem implicações econômicas e sociais. “A dor crônica reduz a produtividade, eleva os custos com saúde e afeta diretamente o bem-estar emocional do idoso. É uma condição que, se negligenciada, compromete o envelhecimento saudável”, afirma o médico.
A boa notícia é que a dor nas costas pode ser prevenida com estratégias simples, como manter o peso adequado, adotar hábitos posturais saudáveis e realizar atividades físicas regulares — entre elas, caminhadas, alongamentos e exercícios de baixo impacto. O acesso a programas de fisioterapia e ações de educação em saúde também são fundamentais.
“Envelhecer com dignidade inclui preservar a mobilidade. Incentivar uma cultura de movimento entre os idosos é investir em independência e qualidade de vida para essa população”, finaliza Dr. Brock.




