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Dormir bem para viver mais: o papel do sono na longevidade e saúde mental

A qualidade do sono tem ganhado destaque na medicina como um dos pilares fundamentais da longevidade e da saúde cognitiva. Muito além de uma pausa na rotina, o sono exerce funções vitais para o corpo e a mente — especialmente no envelhecimento. “Durante o sono ocorrem processos essenciais como a reparação celular, liberação de hormônios e fortalecimento do sistema imunológico. Tudo isso impacta diretamente na qualidade de vida”, explica a geriatra Julianne Pessequilo.

Privação de sono acelera o envelhecimento

Dormir mal não significa apenas sentir cansaço. Estudos apontam que a má qualidade do sono está associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes, distúrbios cognitivos e até mortalidade precoce. “A fragmentação do sono e a redução das fases profundas, como o sono REM, comprometem funções fundamentais para o corpo e o cérebro. Em idosos, isso pode significar mais quedas, menor mobilidade e piora no desempenho cognitivo”, afirma a especialista.

Há ainda uma ligação clara entre distúrbios do sono e doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e demência. A apneia obstrutiva do sono, por exemplo, é comum nesses quadros e pode agravar sintomas motores e cognitivos, comprometendo o sistema nervoso autônomo.

Tecnologia ajuda, mas não substitui o médico

O monitoramento do sono com o uso de dispositivos como relógios inteligentes e aparelhos CPAP tem crescido, auxiliando na detecção precoce de distúrbios. Mas a médica ressalta: “Esses aparelhos são úteis, mas não substituem uma avaliação clínica detalhada. A interpretação dos dados deve sempre ser feita por profissionais capacitados”.

Foto: Divulgação.

Insônia em idosos requer abordagem cuidadosa

A insônia é uma queixa comum entre idosos, principalmente mulheres acima dos 75 anos, e pode estar associada a ansiedade, depressão, dores crônicas e uso de múltiplos medicamentos. O tratamento deve ser individualizado, com foco inicial em abordagens não farmacológicas. “A terapia cognitivo-comportamental, o controle de estímulos externos e a educação sobre higiene do sono têm se mostrado eficazes e seguros para esse público”, reforça Julianne.

Evitar estimulantes como cafeína à noite, manter um ambiente escuro e silencioso, e respeitar o ritmo circadiano são medidas simples, mas que fazem grande diferença. A exposição à luz natural durante o dia e a redução da luz artificial à noite ajudam na produção de melatonina, favorecendo um sono mais profundo e restaurador.

Mais do que dormir por dormir, é preciso garantir que esse momento de descanso realmente cumpra seu papel restaurador. “Investir no sono é investir em saúde, cognição e bem-estar. E isso vale em qualquer idade, especialmente na terceira idade”, finaliza a médica.

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