Em junho, o cantor, compositor, arranjador e multi-instrumentista Edu Lobo é o convidado do Notas Contemporâneas, programa mensal do Museu da Imagem e do Som (MIS), de São Paulo.
O público poderá conferir um bate-papo do artista com o apresentador Zeca Camargo no dia 28, quarta-feira, às 20h (entrada gratuita).
Durante a conversa, a Banda MIS interpreta os principais sucessos de Edu Lobo – que, ao longo de 60 anos de carreira, produziu uma das obras mais relevantes da música brasileira registrada em dezenas de discos.
Em alguns deles, teve ao lado companheiros como:
- Vinícius de Moraes;
- Tom Jobim;
- Chico Buarque;
- Milton Nascimento;
- Dorival Caymmi;
- Marcos Valle;
- Romero Lubambo;
- e Maria Bethânia.
Sobre o Notas Contemporâneas, do MIS
O Notas Contemporâneas se divide em duas etapas: a primeira é conduzida pela historiadora Rosana Caramaschi, que registra, em estúdio, um depoimento que irá integrar o acervo do MIS.
A segunda etapa acontece ao vivo e com presença de plateia, no palco do Auditório MIS, com mediação do jornalista Zeca Camargo e a presença da Banda MIS por Gama Musical, com direção musical de Yan Montenegro (que cria releituras inéditas e exclusivas dos maiores sucessos da personalidade homenageada).
O público pode participar fazendo perguntas, que passam a integrar o roteiro da noite.
A entrada é livre, mediante retirada de ingressos na bilheteria do Museu com 1h de antecedência.
Edu Lobo
Filho do compositor Fernando Lobo, Eduardo de Góes Lobo nasceu em 1943, no Rio de Janeiro. Seu primeiro instrumento foi o acordeon, que estudou dos oito aos 14 anos. Com 16, começou a se interessar pelo violão.
Por volta de 1961, passou a frequentar shows, principalmente no Beco das Garrafas, em Copacabana, onde assistia a espetáculos dos representantes da nova geração musical, entre os quais João Gilberto, Sergio Mendes, e Luis Eça (do Tamba Trio).
No ano de 1961, conheceu o poeta Vinicius de Moraes, com quem produziu a letra para Só me fez bem, gravada em 1967 no LP Edu-Betânia, da Elenco. Nessa época, com Dori Caymmi e Marcos Valle formou um conjunto que chegou a atuar em programas de TV e em shows.
Em 1966, participou de diversos festivais: no II FMPB, apresentou Jogo de Roda (com Rui Guerra) e, no L FIC, da TV Globo, concorreu com Canto Triste(parceria com Vinicius de Moraes), interpretada por Elis Regina e classificada entre as finalistas. Nesse ano, excursionou pela Europa com outros artistas, entre os quais Sylvia Telles e o Salvador Trio, tendo o grupo gravado um disco então na República Federal da Alemanha.
Em 1983, em parceria com Chico Buarque, compôs trilha sonora para o balé O Grande Circo Místico, adaptação de Naum Alves de Souza do poema homônimo de Jorge de Lima – e que daria origem a um LP lançado pela Som Livre com a participação de Gal Costa, Tom Jobim, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Tim Maia e Zizi Possi, entre outros.
A parceria com Chico Buarque se repetiria com O Corsário do Rei, de Augusto Boal, de 1985, e Dança da Meia-Lua, com roteiro de Chico Buarque e Ferreira Gullar, ambos lançados em disco pela Som Livre.
Em 1994, recebeu o Prêmio Shell de melhor compositor de música brasileira, pelo conjunto da obra. Em 2001, retoma a parceria com Chico Buarque, compondo as canções da peça teatral Cambaio, de João Falcão e Adriana Falcão.
Em seguida produz o CD homônimo, para a gravadora BMG com a participação de Zizi Possi e Gal Costa dividindo a interpretação das canções com Chico Buarque, com orquestrações de Chico de Moraes. Este disco viria a receber, em 2002 o Grammy Latino de melhor CD de música brasileira.