Edy Star, cantor, compositor, dançarino e produtor, faleceu na madrugada de quinta-feira, 25 de abril, aos 87 anos, no Hospital Heliópolis, em São Paulo. O artista estava internado em estado grave após sofrer uma queda em casa na semana anterior. Segundo sua assessoria de imprensa, a causa da morte foi insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda e pancreatite aguda.
Nascido Edivaldo Souza em Juazeiro, Bahia, Edy Star iniciou sua carreira artística na adolescência e destacou-se na cena musical brasileira ao participar do álbum “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10”, de 1971, ao lado de Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Miriam Batucada.
Em 1974, lançou seu primeiro álbum solo, “Sweet Edy”, com composições de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Roberto e Erasmo Carlos. Reconhecido como o primeiro artista brasileiro a assumir publicamente sua homossexualidade, Edy Star foi um ícone da liberdade artística e sexual no país.
Após quase duas décadas na Espanha, onde atuou no teatro e como produtor de boates, Edy retornou ao Brasil e foi redescoberto por uma nova geração. Em 2017, lançou seu segundo álbum, “Cabaré Star”, com produção de Zeca Baleiro e participações de artistas como Caetano Veloso e Ney Matogrosso.
Recentemente, promovia um projeto de financiamento coletivo para lançar um álbum com músicas de Raul Seixas. Em sua última entrevista ao Estadão, em dezembro de 2024, afirmou: “Eu estou aqui para me divertir. Vim ao mundo só para isso e eu continuo me divertindo.”



