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Especial: 15 maiores sucessos de Adoniran Barbosa

Hoje, um dos maiores nomes da música popular brasileira de todos os tempos completaria mais um ano de vida e – para celebrar sua vida e obra – preparamos uma lista com os 15 maiores sucessos de Adoniran Barbosa. Aproveite!

Sobre Adoniran Barbosa

O cantor, compositor, ator e humorista Adoniran Barbosa tornou-se um grande cronista musical da vida da capital paulistana, principalmente das camadas populares e dos bairros com famílias de imigrantes italianos, sendo um dos maiores representantes da música paulistana, responsável pelos grandes sambas que marcam a história da cidade de São Paulo.

Exímio observador, contava histórias típicas do cotidiano de São Paulo como ninguém, apropriando-se da linguagem popular dos cidadãos paulistanos e retratando seus tipos, costumes, dramas e alegrias, sempre com muito humor e pitadas de crítica social, sobre uma cidade que – apesar de próspera – esconde as mazelas da exclusão social.

Adoniran nasceu João Rubinato e – quando começou sua carreira na rádio, onde representava diversos personagens – deu o nome de um deles, o mais famoso de todos, de Adoniran Barbosa. O personagem ganhou tanta popularidade que fez o seu intérprete mudar o nome artístico.

Filho de imigrantes italianos que vieram tentar uma vida melhor no Brasil, começou a trabalhar ainda criança para ajudar no sustento da família. Antes de começar na carreira artística, Adoniran exerceu várias atividades como garçom, serralheiro, tecelão, pintor, metalúrgico e vendedor de tecidos. 

Sempre boêmio, também frequentava os bares e as rádios das redondezas e fazia amizades com locutores e artistas. Seu verdadeiro sonho era tornar-se um conhecido artista do rádio.

Antes do rádio, tentou os palcos, sendo a atuação a sua primeira vocação. Mas foi muito rejeitado, por sua suposta falta de instrução (o pouco que não aprendeu na escola, aprendeu muito com a vida de batalha desde cedo) e também por não ter padrinhos ou grandes contatos na área. Então, partiu para a tentativa de mostrar o seu talento estando em evidência na rádio, em plena ascensão na época.

Começou como compositor, mas logo entende que – para ser visto – precisa atuar como intérprete. Passou, então, a se arriscar como intérprete de sambas em programas de calouros. Depois de algumas tentativas frustradas, o samba que lhe abre as portas para o sucesso nas rádios é “Filosofia”, de Noel Rosa e André Filho, em 1933.

Sua primeira composição gravada foi a marcha “Dona Boa” (parceria com J. Aimberê), na voz de Raul Torres, em 1935. 

Em 1941, passou a trabalhar com radioteatro na Rádio Record, no programa do pioneiro Osvaldo Moles, onde interpretava diversos personagens que tinham uma linguagem bem popular e tipicamente paulistana. Foi aí que começou a criar – com a ajuda de Osvaldo – os tipos e histórias que viriam ilustrar a maioria de suas composições musicais.

Entre as personagens que criava a partir da observação do cotidiano da grande cidade paulistana e que inseriu em suas mais importantes composições, estão tipos como: os despejados de cortiços e favelas, os engraxates, o malandro, o professor, o boêmio, a mulher submissa que se revolta e abandona a casa, o homem solitário, entre tantos outros personagens marginalizados pelo acelerado crescimento urbano-industrial de São Paulo.

Foi por esta época, em 1943, que Adoniran conheceu os músicos do conjunto Demônios da Garoa e juntou-se a eles para formar uma banda que animou a torcida dos jogos de futebol promovidos por artistas de rádio no interior de São Paulo. 

Em pouco tempo, na década de 50, o grupo Demônios da Garoa se tornaria o maior intérprete das canções de Adoniran e projetou seu nome no Brasil inteiro, tornando-o um dos maiores compositores da nossa história.

Em 1951, Adoniran Barbosa gravou o seu primeiro disco 78 rpm (rotações por minuto), que conta com a marcha-rancho “Os Mimosos do Colibri” (de Hervê Cordovil e Osvaldo Moles) e o samba de sua autoria e um dos maiores sucessos de sua carreira, “Saudade da Maloca”, que em gravações futuras mudou de nome para “Saudosa Maloca”.

A canção – que fala sobre os desabrigados, pessoas que vivem à margem da sociedade, periféricas, excluídas, expulsos de suas casas humildes devido à expansão imobiliária e abandonados à própria sorte pelo poder público – foi gravada pelos Demônios da Garoa em 1955.

O grupo paulistano entendeu a proposta de Adoniran, que trazia um linguajar matuto e cheio de “erros” de concordância nas letras, e aprimorou o “caipirês”, além de criar o inconfundível “cas cas cas cas culá” do início e do final – uma brincadeira fonética que o povo transformou em “joga as cascas pra lá, joga as cascas pra cá”. Foi a partir desta regravação que o cantor-radioator-humorista-criador de tipos se consagrou definitivamente como compositor.

Ao longo dos anos, Adoniran Barbosa compôs e lançou diversos outros clássicos, gravados também por outros grandes nomes da MPB como Elis Regina, até chegar ao auge do sucesso com a icônica “Trem das Onze”, em 1964.

Adoniran também participou de mais de 10 filmes como ator.

Em 1982, o artista faleceu vítima de um enfisema pulmonar, aos 72 anos de idade,  deixando mais de 90 letras inéditas e um legado imensurável para a história da música popular brasileira, principalmente para o samba paulistano.

Para saber todos os detalhes sobre a vida e a obra de Adoniran Barbosa, assista ao Arquivo Novabrasil Especial Adoniran Barbosa, um programa original Novabrasil, que promove a vida e a obra de grandes nomes da música popular brasileira. 

Artistas que fazem da nossa música um dos nossos maiores legados e pelo que queremos ser lembrados e reverenciados como brasileiros, como é o caso de Adoniran!

Preparamos uma lista com os 15 maiores sucessos de Adoniran Barbosa para celebrar o artista nesta data especial. 

 Os 15 maiores sucessos de Adoniran Barbosa 

1 – Trem das Onze (1964)

2 – Saudosa Maloca (1955)

3 – Viaduto Santa Efigênia (1979)

4 – Samba do Arnesto (em parceria com Alocim, 1953)

5 – Tiro Ao Álvaro (parceria com Osvaldo Moles, 1980)

6 – As Mariposas (1955)

7 – Malvina (1952)

8 – Um Samba no Bexiga (1956)

9 – Joga a Chave (parceria com Oswaldo França, 1953) 

10 – Bom Dia Tristeza (sua única parceria com o poeta Vinicius de Moraes, 1957)

11 – Prova de Carinho (parceria com Hervé Cordovil, 1960)

12 – Abrigo de Vagabundos (1958)

13 – Iracema (1956)

14 – Apaga o Fogo Mané (1956)

15 – Torresmo à Milanesa (1979)

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