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Especial: 25 músicas na voz de Maria Bethânia

Maria Bethânia completa 79 anos neste 18 de junho e o site da Novabrasil selecionou as 25 maiores músicas na voz da Abelha Rainha da MPB, uma das maiores que a música popular brasileira já conheceu.

Sobre Maria Bethânia

Dona de uma das maiores e mais potentes vozes da nossa música, Bethânia – com sua visceralidade e poeticidade nata – também é uma das maiores intérpretes da história do país. Gravou os mais importantes compositores de nossa música, trazendo sempre a sua digital em cada interpretação.

Com mais de 26 milhões de discos vendidos ao longo de 60 anos de carreira (são quase 60 álbuns e mais de 15 DVDs lançados), foi eleita, em 2012 – pela revista Rolling Stone Brasil – como a quinta maior voz da música brasileira. Maria Bethânia foi, também, a primeira mulher a vender mais de 1 milhão de discos no Brasil.

Nascida em Santo Amaro da Purificação, no interior da Bahia, Bethânia é irmã mais nova de Caetano Veloso e filha de Dona Canô e Seu Zezinho. Foi Caetano – com apenas quatro anos de idade – quem escolheu o nome da irmã, inspirado em uma música do compositor Capiba, queNelson Gonçalves lançou no mesmo ano em que ela nasceu, 1946, chamada “Maria Bethânia”.

Sempre apaixonada por música e teatro, Bethânia mudou-se para Salvador em 1960, com a intenção de terminar os estudos, e fez parte da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, passando a frequentar as exposições de artes plásticas, shows musicais e o fervilhante ambiente estudantil.

Em 1963, fez o seu primeiro trabalho profissional com a música. Seu irmão, Caetano Veloso, foi chamado para compor a trilha musical da peça “Boca de Ouro”, de Nelson Rodrigues, e a convidou para interpretar as faixas que iriam compor a trilha do espetáculo.

Nesta época, Bethânia e Caetano conheceram outros músicos baianos também iniciantes como Gilberto Gile Gal Costa.

Juntos, Bethânia, Caetano, Gil, Gal eTom Zé fizeram – em 1964 – o show “Nós, Por Exemplo”, para inaugurar o Teatro Vila Velha, de Salvador; com um repertório de canções da bossa nova, de Dorival Caymmie de cada um dos compositores do elenco. O espetáculo foi um marco e influenciou muito do que veio a ser produzido no eixo Rio-São Paulo em seguida.

Em fevereiro de 1965, Bethânia foi convidada pela cantora e violonista Nara Leãopara substituí-la no espetáculo “Opinião”, em cartaz no Rio de Janeiro, pois a Nara precisou se afastar por problemas vocais. A então musa da Bossa Nova tinha conhecido Bethânia no ano anterior, quando visitou a Bahia e assistiu um dos espetáculos em que a baiana atuava.

O show “Opinião”, com Bethânia, Zé Keti e João do Vale e dirigido por Augusto Boal, tornou-se um grande sucesso na época por conta de suas canções de protesto, que retratavam a problemática social do país em tempos de regime militar.

Com o sucesso do espetáculo, em junho de 1965, a cantora foi contratada pela gravadora RCA, onde gravou o seu primeiro álbum, “Maria Bethânia”

Em 1967, Bethânia teve sua carreira ainda mais impulsionada, ao lançar seu segundo álbum “Edu e Bethânia”, em parceria comEdu Lobo, que conta com sucessos que colocaram a baiana definitivamente no rol das grandes cantoras do Brasil.

Maria Bethânia no início da carreira | Foto: Thereza Eugenia

Um carreira consolidada

Em 1968, com o intuito de não ficar com o rótulo somente de ”cantora de protesto”, muito lhe conferido por conta do show “Opinião”, Bethânia não aderiu ao movimento de contracultura Tropicalista ao lado de seus colegas e lançou-se em uma carreira também de sucesso, seguindo suas escolhas artistas de forma pessoal.

Gravou diversos compositores, lançou álbuns em parceria e se aproximou cada vez mais do Candomblé, trazendo também a religião de matriz africana para as canções que escolheu defender ao longo da vida.

Se aproximou muito também da literatura, mesclando canções e poesias declamadas de forma magistral, uma das maiores qualidades da cantora-atriz-performática, que declama – por exemplo – Fernando Pessoa e Clarice Lispector como ninguém.

Em 1976, Bethânia juntou-se a Caetano, Gil e Gal para o espetáculo idealizado por ela, “Doces Bárbaros”, com quinze canções novas, compostas exclusivamente para a turnê, e que virou documentário e um álbum considerado uma obra-prima da MPB. 

Ao longo dos próximos anos, Bethânia gravou mais discos de sucesso como “Pássaro da Manhã” (1977); “Álibi” (1978);“Mel” (1979, cuja canção homônima – de seu irmão Caetano com Waly Salomão – deu à Bethânia o apelido de “Abelha Rainha da MPB”); “Talismã” (1980); e “Dezembros” (1985).

Em 1990, Bethânia comemorou 25 anos de carreira com o LP “25 anos”, com repertório que evoca a diversidade da cultura brasileira, mescla canções consagradas e pouco conhecidas, entre regravações e inéditas e conta com a participação especial de vários artistas e da bateria da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, sua escola do coração, que – em 1994 – fez uma homenagem aos Doces Bárbaros, com o enredo “Atrás Da Verde E Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu” e em 2016 reverenciou a artista baiana com o enredo campeão “Maria Bethânia – A menina dos olhos de Oyá”.

Sempre mesclando texto e música, em seus discos e espetáculos, Bethânia faz isso com maestria e uma interpretação potente e envolvente. A artista também esteve na trilha de diversos filmes e novelas brasileiras e recebeu vários prêmios notáveis da música popular brasileira. Da Universidade da Bahia, recebeu o título de Doutora Honoris Causa, por sua contribuição à música brasileira.

Em 2018, Bethânia e Zeca Pagodinho se juntaram no disco “De Santo Amaro a Xerém” e, em 2019, a cantora lançou “Mangueira, A Menina dos Meus Olhos”. O último álbum de inéditas lançado por Bethânia foi “Noturno”, em 2021.

Em 2024, a cantora se uniu ao irmão, para a turnê de sucesso “Caetano e Bethânia”, que gerou um álbum ao vivo.

Top 25 músicas na voz de Maria Bethânia

  • 1 – Carcará (de João do Vale e José Cândido)

Em fevereiro de 1965, Bethânia foi convidada pela cantora e violonista Nara Leão para substituí-la no espetáculo “Opinião”, em cartaz no Rio de Janeiro, pois a Nara precisou se afastar por problemas vocais. A então musa da Bossa Nova tinha conhecido Bethânia no ano anterior, quando visitou a Bahia e assistiu um dos espetáculos em que a baiana atuava.

O show “Opinião”, com Bethânia, Zé Keti e João do Vale e dirigido por Augusto Boal, tornou-se um grande sucesso na época por conta de suas canções de protesto, que retratavam a problemática social do país em tempos de regime militar.

A interpretação poderosa de Bethânia, principalmente na canção “Carcará”, foi responsável por lançá-la ao estrelato e transformá-la, a partir daí, em uma das maiores cantoras de todos os tempos, reconhecida no Brasil inteiro.

  • 2 – A Tua Presença Morena (Caetano Veloso)

Quando estava em exílio forçado em Londres, na Inglaterra, por conta da repressão e perseguição da Ditadura Militar no Brasil, Caetano Veloso mandou a música “A Tua Presença Morena”, para Bethânia gravar. A música está no disco “A Tua Presença”, lançado em 1971 pela cantora, junto com outros sucessos. 

  • 3 – Drama (Caetano Veloso)
  • 4 – Esse Cara (Caetano Veloso)

Depois de passar mais de dois anos exilado em Londres, Caetano voltou ao Brasil, em 1972, e produziu um disco de sucesso da irmã: “Drama – Anjo Exterminado”, que funciona como dois atos de uma peça de teatro. 

O álbum traz, além das faixas título “Anjo Exterminado” (Jards Macalé e Waly Salomão) e “Drama” (Caetano), sucessos como “Esse Cara” (Caetano Veloso).

A continuação, ”Drama – 3º Ato”, foi gravada a partir de um espetáculo ao vivo da cantora,

Em 1976, a cantora lançou o LP “Pássaro Proibido”, que além da canção homônima, composta por ela em parceria com Caetano (e interpretada por ele no álbum) – uma das raras composições da super intérprete Bethânia – conta com o super sucesso na voz da baiana: a canção “Olhos nos Olhos”, de Chico Buarque.

  • 6  – Um Índio (Caetano Veloso)

Em 1976, Maria Bethânia juntou-se a Caetano, Gil e Gal para o espetáculo idealizado por ela, “Doces Bárbaros”, com quinze canções novas, compostas exclusivamente para a turnê, e que virou documentário e um álbum considerado uma obra-prima da MPB. Entre as canções, estão as clássicas “Os Mais Doces Bárbaros” e “Um Índio” (ambasde Caetano, essa segunda, um grande sucesso na voz de Bethânia) e “Esotérico” e “O Seu Amor” (ambas de Gilberto Gil).

  • 7 – Tigresa (Caetano Veloso)

Ao longo dos próximos anos, Bethânia gravou mais discos de sucesso como “Pássaro da Manhã”, de 1977, que conta com o clássico em sua voz, “Tigresa” (de Caetano).

  • 8 – O Meu Amor (de Chico Buarque) 

E também o álbum “Álibi”, de 1978, com o sucesso homônimo de Djavan, além de “O Meu Amor” (composição de Chico Buarque, que originalmente fez parte do espetáculo “Ópera do Malandro”, interpretada por Marieta Severo e Elba Ramalho, e que – nesta versão é interpretada por Bethânia em dueto com Alcione).

  • 9 – Sonho Meu (de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho)

Outra música do álbum “Álibi” é o clássico “Sonho Meu”, composição deDona Ivone Lara e Délcio Carvalho, que Bethânia ficou encantada quando conheceu e quis incluir no disco que estava para lançar. Nós contamos a história completa da música “Sonho Meu” aqui nesta matéria especial.

  • 10 –  Não Dá Mais Pra Segurar (Explode Coração) (de Gonzaguinha)

O álbum “Álibi” trouxe mais um imenso sucesso na voz de Bethânia: a canção “Não Dá Mais Pra Segurar (Explode Coração)”, composição deGonzaguinha.

  • 11 – Mel (Caetano Veloso e Waly Salomão) 

Já o álbum “Mel”, lançado pela cantora em 1979, traz a canção homônima – composta por Caetano Veloso e Waly Salomão – que deu à Bethânia o apelido de “Abelha Rainha da MPB”.

  • 12 – Cheiro de Amor (de Duda Mendonça, Jota Moraes, Paulo Sérgio Valle e Ribeiro)

Outro sucesso do álbum “Mel” é a canção “Cheiro de Amor”, composição de Duda Mendonça, Jota Moraes, Paulo Sérgio Valle e Ribeiro, que foi um sucesso imenso na voz de Maria Bethânia.

  • 13 – Alguém Me Avisou (de Dona Ivone Lara) 

Já o álbum “Talismã”, de 1980, conta com outro grande sucesso de Dona Ivone Lara na voz de Maria Bethânia: a canção “Alguém Me Avisou”, com a participação de Gilberto Gil e Caetano Veloso.

  • 14 – Brincar de Viver (Guilherme Arantes e Jon Lucien)

Em 1983, Maria Bethânia gravou a canção “Brincar de Viver”, de Guilherme Arantes e Jon Lucien, para a trilha sonora do especial infantil da Rede Globo, PLUNCT PLACT ZUUUM.

A música fez tanto sucesso, que depois entrou para o álbum “Romance“, da cantora, em 1985, e tornou-se uma das mais icônicas canções em sua voz.

  • 15 – Sonho Impossível (Chico Buarque e Ruy Guerra)

O disco “A Beira do Mar”, de 1984,  originado do espetáculo “A Hora da Estrela” – cujo título remete ao famoso livro homônimo de Clarice Lispector – conta com Bethânia interpretando brilhantemente a versão de “Sonho Impossível”, de Chico Buarque e Ruy Guerra, para “The Impossible Dream”, do espetáculo “Homem de La Mancha”.

  • 16 – Gostoso Demais (de Dominguinhos)

Em 1985, o disco “Dezembros” conta com canções também clássicas na voz de Maria Bethânia, como o sucesso “Gostoso Demais” (de Dominguinhos).

  • 17 – Tá Combinado (Caetano Veloso)

Em “Maria”, disco de 1988, Bethânia nos traz o sucesso em sua voz: “Tá Combinado”, do irmão Caetano Veloso

  • 18 – Reconvexo (Caetano Veloso)

No ano seguinte, no álbum Memória da Pele, outro imenso sucesso na voz da cantora, também de Caetano: “Reconvexo”. Também já contamos a história por trás da música “Reconvexo” em uma matéria especial no nosso site.

  • 19 – Fera Ferida (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Maria Bethânia sempre foi uma grande intérprete da obra de Roberto CarloseErasmo Carlos.Em 1992, no seu álbum “Sonho Impossível”, a cantora gravou o sucesso “Fera Ferida”, que tornou-se a música tema da novela de mesmo nome, exibida pela TV Globo em 1993. 

  • 20 – As Canções Que Você Fez Pra Mim (Roberto e Erasmo Carlos)

Em 1994, o disco “As Canções Que Você Fez Pra Mim” – com versão também em espanhol – é um tributo à parceria de Roberto e Erasmo Carlos, com 11 canções da dupla interpretadas por Bethânia, entre elas, a canção que dá título ao disco.

  • 21 – Olha (Roberto e Erasmo Carlos)

Outro destaque do álbum “As Canções Que Você Fez Pra Mim” é a canção Olha”, sucesso na voz da baiana.

  • 22 – Onde Estará o Meu Amor (de Chico César) 

Composição de Chico César, lançada pela cantora no álbum “Âmbar“, de 1996, e depois relançada em dueto com o próprio Chico no DVD dele, gravado ao vivo no Auditório do Ibirapuera, em 2006: “Cantos e Encontros de uns Tempos pra Cá”.

  • 23Depois de Ter Você (Adriana Calcanhotto)

Em 2001, com 35 anos de carreira, Maria Bethânia lançou o álbum “Maricotinha” com a inédita “Depois de Ter Você”, composição de Adriana Calcanhotto, cantada em dueto com a cantora, em um momento inesquecível.

  • 24 – Eu Que Não Sei Quase Nada do Mar (de Ana Carolina e Jorge Vercillo)

Parceria entre Ana CarolinaeJorge Vercillo, a canção “Eu Que Não Sei Quase Nada do Mar” foi eternizada pela voz de Maria Bethânia em 2006, no seu álbum “Pirata“. Depois, a baiana gravou um dueto com Ana Carolina para o álbum “Multishow Registro + um”, lançado por Ana com participações especiais em 2009.

  • 25 – Carta de Amor 

Um dos maiores sucessos na voz de Maria Bethânia, “Carta de Amor”, lançada pela cantora em seu álbum “Oásis de Bethânia”, de 2012, é uma composição de Paulo César Pinheiro, em que Bethânia dá seu recado: “Não mexe comigo, que eu não ando só!””

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