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Especial: Tudo sobre Eliana Pittman

Completando 80 anos de vida hoje, Eliana Pittman tem uma carreira e tanto dentro da música popular brasileira e também mundial. Sua importância é imensa, mas o reconhecimento do grande público vem acontecendo de forma tardia e como reparação histórica, da mesma forma que aconteceu com Alaíde Costa.

Duas grandes entidades da cultura brasileira que, por conta do racismo entranhado em nossa sociedade, não tiveram o devido valor reconhecido do tamanho que mereciam ter.

Você conhece a cantora e atriz carioca? Se não conhece, é hora de conhecer e se orgulhar de ter nascido no mesmo país de Eliana Pittman!

Tudo sobre Eliana Pittman, no dia em que a cantora completa 80 anos

Eliana Pittman iniciou sua carreira ainda adolescente – em 1961 – ao lado do saxofonista e clarinetista norte-americano Booker Pittman, seu padrasto e pai adotivo, cantando standards do jazz e da bossa nova em boates no Rio de Janeiro, sua cidade natal, como a famosa casa noturna Little Club, no Beco das Garrafas. Neste mesmo ano, os dois gravaram um álbum juntos.

Booker tocou com Louis Armstrong e Count Basie, nos Estados Unidos e na Europa, nas décadas de 1920 e 1930, antes de mudar-se para o Brasil, onde casou-se com a mãe de Eliana e continuou sua carreira musical, tocando no Cassino da Urca. Seu avô foi Booker T. Washington, fundador do conceituado Tuskegee Institute, a primeira universidade para negros nos Estados Unidos. 

Em 1963, Eliana Pittman excursionou pela Argentina, com uma temporada no Cassino Philips e – em seguida – gravou, ao lado de Booker Pittman, o LP “New Sound Brazil Bossa Nova”, lançado no Brasil.

Em 1964, a cantora foi contratada pela Agência Willian Morris, nos Estados Unidos, onde passou a residir. Logo depois, começou os estudos artísticos na Actor’s Studio e participou de séries de televisão, como a americana “Run for your life”, da NBC. Foi contratada também pelo Play Boy Club, viajando por 14 estados norte-americanos.

Eliana retornou ao Brasil em 1965 e fez turnês pelo país inteiro, consagrando-se por aqui também como uma das grandes vozes da música brasileira. No ano seguinte, lançou o seu primeiro LP solo, “É Preciso Cantar”.

De 1968 a 1971, a cantora lançou mais quatro álbuns e viajou pela Argentina, Venezuela, Portugal, República Federal da Alemanha, Suécia, Espanha, Itália e França, apresentando-se em vários programas de TV. Por essa época, despontou como cantora de carimbó, ritmo do Pará, recebendo o título de Rainha do Carimbó. 

Capa do álbum “Tô chegando, Já cheguei”, de Eliana Pittman, que está completando 50 anos

Uma curiosidade é que no final dos anos 60, o pernambucano Geraldo Azevedo veio do Nordeste para o Rio a convite de Eliana para acompanhá-la no show “Positivamente Eliana”, e logo se tornou um dos maiores nomes da música brasileira. 

No ano de 1970, ela ainda participou do Midem em Cannes, naFrança, atuando como apresentadora oficial, ao lado do cantor francês Sacha Distel. Em 1974, Eliana Pittman lançou o LP “Tô chegando, Já cheguei”, que incluiu “Mistura de Carimbó” (do compositor Pinduca).

Outros sucessos que a cantora emplacou durante a década de 1970 foram as canções:

  • Das Duzentas para Lá (João Nogueira, em 1971) 
  • Abandono (de Ivor Lancellotti, lançada por Eliana em 1974 e que Roberto Carlos regravou em 1979)
  • Sinhá Pureza (Pinduca, em 1974)

Dona de um grande ecletismo musical e um notório virtuosismo vocal, Eliana se apresentou em muitos países do mundo (França, Alemanha, Suécia, Espanha, Itália, Portugal, Venezuela, México e Estados Unidos), tendo se apresentado, por exemplo, na lendária casa de shows Olympia, em Paris e no programa do comediante Jerry Lewis. 

Eliana Pittman lançou um álbum em 1978 e outro em 1992, e depois ficou 10 anos sem lançar álbuns, quando retornou com o disco “Minhas novas Influências”, em 2002.

Em 2007, foi convidada por Charles Möeller e Claudio Botelho para atuar no musical “7“, com texto de Möeller e trilha original de Botelho e Ed Motta. O espetáculo – que ficou em cartaz até 2019 – foi um dos grandes vencedores do Prêmio Shell e do Prêmio APTR. 

Após um hiato de 17 anos longe dos estúdios, Eliana lançou um novo disco, chamado “Hoje, Ontem e Sempre”, com clássicos da MPB como as canções “Preciso Me Encontrar” (Candeia), “Drão(Gilberto Gil) e “Onde Estará o Meu Amor” (Chico César).

No mesmo ano, ela participou do disco “As Divas do Sambalanço”, dedicado exclusivamente ao gênero, em que divide as interpretações com as cantoras Claudette Soares e Doris Monteiro. 

Neste mesmo ano, Eliana Pittman lançou um disco interpretando músicas que foram cantadas por Elizeth Cardoso, chamado “Canções de Elizeth”. O álbum é uma compilação de registros de números musicais feitos por Eliana na série de lives “100 anos de Elizeth Cardoso”, idealizadas por Thiago Marques Luiz.

Depois disso, ao lado das cantoras Zezé Motta e Alaíde Costa, Eliana montou o espetáculo “Pérolas Negras”, percorrendo em turnê várias capitais do país nos anos de 2022, 2023 e 2024 e transformando-se em disco no final deste último ano.

Eliana também foi uma das atrações musicais da cerimônia de entrega do Prêmio Sim à Igualdade Racial 2023, ao lado de BK’, MC Soffia, Linn da Quebrada, Kaê Guajajara e Liniker.

Agora em 2025, Pittman lançou o seu mais recente álbum “Nem Lágrima, Nem Dor”, somente com composições de Jorge Aragão, produzido pelo multi-instrumentista Rodrigo Campos e que também contou com o saxofonista Thiago França e o baixista Marcelo Cabral, todos da cena paulistana atual.

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