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Estresse crônico aumenta risco de derrame; veja como se proteger

Pressão alta, colesterol, diabetes e cigarro costumam liderar a lista de fatores de risco para acidente vascular cerebral (AVC), também chamado de derrame. Mas um vilão cotidiano e silencioso vem ganhando destaque: o estresse crônico. “O estresse adoece por dentro — e não é exagero”, afirma o neurologista Dr. Diego Bandeira, membro da Brazil Health.

Segundo o especialista, o ritmo acelerado, as cobranças e a falta de tempo criam um terreno fértil para o problema. “Vivemos em um ritmo acelerado, cheios de prazos, cobranças, medos, inseguranças”, diz. Esse cenário prolongado faz o organismo “gritar” — muitas vezes, na forma de um AVC.

Como o estresse mexe com o corpo

Quando o estresse se arrasta por semanas ou meses, o corpo libera hormônios como cortisol e adrenalina com mais frequência. Isso aumenta a pressão, acelera os batimentos e favorece processos inflamatórios. Com o tempo, os vasos ficam mais frágeis e o sangue mais propenso a formar coágulos — combinação que abre caminho para o derrame.

O estresse também empurra para hábitos que pioram tudo: dormir pouco, comer mal, abandonar a atividade física, fumar, beber mais e adiar consultas. “É um ciclo perigoso, no qual o estresse alimenta os maus hábitos, e os maus hábitos amplificam o estresse”, resume Bandeira.

Foto: Divulgação.

Quem está mais exposto

Estudos internacionais apontam que o estresse emocional e o do trabalho estão ligados a um aumento de 30% a 40% no risco de AVC. Em grupos mais vulneráveis — como mulheres sob forte pressão social e econômica — o risco pode ser ainda maior. Traços como hostilidade, ansiedade constante e pessimismo também pesam; já o equilíbrio emocional e o cuidado com a saúde mental ajudam a proteger o coração e o cérebro, destaca o médico.

Mesmo assim, o recado central não é de alarmismo. “A boa notícia: você pode mudar esse jogo”, diz o neurologista.

O que fazer agora

Para Bandeira, cuidar da mente é parte do cuidado com o corpo — e uma estratégia direta para reduzir o risco de derrame. “Cuidar da mente não é frescura. Não é luxo. É uma das decisões mais inteligentes para quem quer viver mais e melhor.”

  • · Faça pausas ao longo do dia para respirar e desacelerar
  • · Busque acompanhamento psicológico quando necessário
  • · Converse com pessoas de confiança e peça ajuda
  • · Mantenha atividade física regular
  • · Priorize o sono de qualidade
  • · Aprenda a dizer “não” para evitar sobrecarga

“Ouça o que o seu corpo está dizendo. Respeite seus limites. Proteja seu cérebro”, reforça. E conclui: “O estresse pode até fazer parte da vida moderna, mas ele não pode ser normalizado. Sua saúde vale mais. Seu bem-estar importa. E está nas suas mãos começar essa mudança.”

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