Quando escolhi o curso de Fonoaudiologia, era muito comum encontrar pessoas que não faziam a mínima ideia do que um fonoaudiólogo fazia. Hoje, isso mudou bastante. Há mais informação disponível e, ao mesmo tempo, as queixas relacionadas à comunicação cresceram muito. A boa notícia é que a tecnologia de diagnóstico e tratamento também melhoraram.
Hoje, 9 de dezembro, é o Dia do Fonoaudiólogo. E para homenagear e honrar a profissão, quero trazer para você uma série de orientações práticas que podem servir para você, para seus filhos ou para qualquer pessoa a sua volta.
Os distúrbios da comunicação podem acontecer em qualquer fase da vida. Na infância, por dificuldades no desenvolvimento ou na aprendizagem. Na idade adulta, por doenças ou demandas específicas do trabalho. E na melhor idade, quando surgem problemas de audição, fala, voz, ou até dificuldades para engolir, como engasgos frequentes.
Qualquer problema de comunicação pode comprometer o desenvolvimento e a qualidade de vida hoje ou no futuro de uma pessoa.
Por isso, tem que ter atenção a esses problemas.
Se você for pai, mãe, mãe ou algum responsável por crianças tenho aqui algumas sugestões:
- Estimule conversas desde cedo: fale com a criança, descreva o que está acontecendo ao redor, mesmo que ela ainda não responda verbalmente. Isso amplia vocabulário e compreensão. Além disso, observe. Tire dúvidas. Pergunte ao pediatra, ao professor, ao fonoaudiólogo sobre o desenvolvimento normal.
- Leia diariamente: a leitura é uma das ferramentas mais poderosas para desenvolver linguagem. Histórias despertam curiosidade e ensinam novas estruturas de fala. A leitura em voz alta é importante para qualquer fase da vida. O adulto le em voz alta pra entender melhor, melhorar a expressividade e a criança lê em voz alta para melhorar a escrita, a leitura, a compreensão e desenvolver a interpretação e expressão.
- Evite excesso de telas: uma hora no máximo ao longo do dia para uma c riança até os 12 anos. O tempo exagerado no celular, computador, televisão e vídeo games limita interação real. É na interação que a criança aprende a conviver, experimentar, errar, acertar. Isso vale pra todo mundo porque se você adulto fica só na sua bolha da rede social, vai desenvolver transtornos de personalidade, transtornos emocionais graves.
- Observe sinais de alerta: se a criança não balbucia até os 12 meses, não fala palavras simples até os 18 meses ou não forma frases aos 2 anos, procure orientação.
- Valorize a escuta: ouvir é tão importante quanto falar. Ensine a criança a esperar sua vez, a prestar atenção no outro.
- Não ignore alterações auditivas: ouvir bem é essencial para falar bem. Faça exames auditivos regularmente, especialmente em idosos e crianças.
- Procure ajuda cedo: quanto antes a intervenção, melhores os resultados. Não espere o problema se agravar.
O fonoaudiólogo é o profissional que orienta, previne e, quando necessário, intervém para aprimorar habilidades comunicativas. Consultar um especialista não é apenas para corrigir problemas, mas para garantir que a comunicação seja plena e saudável.
Essa é a coluna Voz e Conexão e eu sou a Vanessa Pedrosa, e se você gostou desse conteúdo me siga no Instagram @vanessapedrosafono e no YouTube @vanessapedrosaoficial.
