Apesar de cada vez mais presente na mídia, a infertilidade masculina ainda é um tema cercado de preconceitos e silêncios. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 a cada 6 casais no mundo enfrentam dificuldades para engravidar, e em aproximadamente 40% dos casos o fator masculino está envolvido. No entanto, os homens continuam demorando a buscar ajuda, o que pode comprometer o sucesso dos tratamentos.
“A cobrança cultural de que o homem precisa ser sempre viril e capaz de gerar filhos faz com que muitos se sintam envergonhados ao enfrentar o diagnóstico de infertilidade”, explica a Profa. Dra. Fabia Vilarino, ginecologista especialista em Reprodução Humana. Segundo ela, a dificuldade de falar sobre o assunto leva muitos casais a iniciarem a investigação apenas pela mulher, mesmo quando ela já não apresenta alterações nos exames.
A importância do espermograma
O espermograma é um exame simples, rápido e, muitas vezes, suficiente para identificar problemas de fertilidade masculina. “Em muitos casos, pequenas alterações podem ser corrigidas com mudanças de hábitos, ajustes de medicamentos ou suplementação”, afirma a especialista. Quando necessário, o exame pode indicar tratamentos mais avançados, como cirurgias ou reprodução assistida.

Quebrar o silêncio é o primeiro passo
Para a médica, reconhecer o problema e buscar ajuda médica é essencial. “Infertilidade masculina não significa fraqueza e não está relacionada à virilidade ou à sexualidade”, reforça. Além disso, ela destaca que os homens também podem — e devem — avaliar sua fertilidade preventivamente, mesmo antes do desejo de ter filhos, para cuidar da saúde de forma integral.



