Com a chegada do outono e a queda das temperaturas, os casos de gripe voltam a crescer no Brasil — e o alerta é real. Segundo o último boletim InfoGripe da Fiocruz, há um aumento consistente dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por vírus influenza A, principalmente entre crianças, adultos e idosos. Em 2025, o vírus já responde por uma parte significativa das internações respiratórias no país.
Diante desse cenário, a vacinação contra a gripe se torna uma ferramenta essencial de proteção individual e coletiva.
Afinal, o que é a gripe (influenza)?
A gripe é uma infecção respiratória causada pelos vírus influenza A e B, que pode levar a quadros graves, especialmente em pessoas com doenças crônicas, idosos, gestantes e crianças pequenas. Não se trata de um “resfriado forte” — a influenza pode evoluir com pneumonia, descompensação de doenças cardiovasculares, hospitalização e até óbito.
Vacina da gripe: segurança, eficácia e atualizações anuais
A vacina contra a gripe é composta por vírus inativados (ou seja, mortos), o que não causa a doença. A cada ano, sua composição é atualizada para proteger contra as cepas mais prevalentes em circulação. A versão da rede pública é trivalente, enquanto a da rede privada é quadrivalente, com cobertura ampliada.
Mitos comuns sobre a vacina – e as verdades que precisamos reforçar
• “Vacina da gripe causa gripe”
Mito. A vacina é feita com vírus inativado. Pode causar dor local ou febre baixa, mas não transmite a doença.
• “Fiquei gripado depois de me vacinar”
A vacina protege contra os vírus influenza A e B. Existem outros vírus respiratórios circulando, como rinovírus e adenovírus, que não são cobertos pela vacina.
• “Já tomei ano passado, não preciso de novo”
Precisa sim. A imunidade da vacina é temporária e sua formulação muda anualmente.
• “A vacina da gripe causa autismo”
Mito perigoso. Não há nenhuma evidência científica que comprove essa relação. Essa fake news já foi amplamente desmentida por autoridades de saúde no mundo todo.
Quem deve se vacinar?
Todas as pessoas a partir dos 6 meses de idade podem (e devem) se vacinar. A campanha do SUS prioriza grupos de risco, como:
• Idosos
• Gestantes e puérperas
• Crianças até 6 anos
• Pessoas com comorbidades
• Profissionais de saúde e educação
Vacinar é também proteger o coração
Para quem tem doenças cardiovasculares, como hipertensão, insuficiência cardíaca ou histórico de infarto, a gripe pode ser um gatilho perigoso. A vacinação ajuda a reduzir a inflamação sistêmica causada pelo vírus e, com isso, diminui o risco de infarto do miocárdio e outras complicações cardíacas. Não espere ficar doente. Vacine-se.



