O ex-governador de São Paulo João Doria disse, nesta quinta-feira (12), que o presidente Lula (PT) não foi um presidente pacificador, como indicou que faria na corrida eleitoral de 2022. “Ele prometeu ser um agente pacificador durante a campanha e depois que assumiu o poder não o fez. Lula não foi um presidente pacificador”, afirmou.
Em entrevista exclusiva ao jornalismo da Novabrasil, Doria acrescentou que “teria sido uma ótima oportunidade de unificar o país” e ponderou que o presidente brasileiro tem feito “muitas manifestações de julgamentos do passado, com juízo permanente do passado e sem olhar o horizonte”.
Questionado sobre a possibilidade da existência de uma terceira via nas eleições do ano que vem, o ex-governador lamentou o crescimento da polarização política no Brasil e ponderou que esse movimento deve ganhar ainda mais força com o desenrolar do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de estado.
“Estamos em uma polarização ascendente e isso pode comprometer o processo eleitoral em outubro do ano que vem. Haverá uma acentuação dessa polarização, frente ao julgamento [de Jair Bolsonaro]”, disse aos jornalistas Diego Amorim e Hariane Bittencourt.
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Contas públicas
João Doria também comentou as medidas anunciadas pela equipe econômica para aumentar a arrecadação do governo. Nessa quarta-feira (11), o Executivo publicou decreto recuando de parte do aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e uma Medida Provisória (MP) com mudanças na tributação sobre apostas esportivas, instituições financeiras e títulos que eram isentos de Imposto de Renda.
“Eu não tenho dúvidas de que haverá rejeição a essa iniciativa e a qualquer outro impsto que possa afetar a população em seu cotidiano. O governo precisa fazer a lição de casa, reduzir despesas, otimizar investimentos e ter um papel responsável fiscalmente no país. O Brasil não suporta mais impostos”, disse.