Luedji Luna é uma das vozes mais potentes da música brasileira contemporânea. Sua presença marca um ponto de virada: a MPB, historicamente dominada por artistas brancos, volta a ter cor, ancestralidade e propósito. Desde o lançamento do álbum Um corpo no mundo (2017), Luedji se tornou símbolo de uma geração que reivindica espaço para corpos negros, femininos e conscientes de sua história.
Filha de uma mãe baiana e de um pai angolano, Luedji mistura influências afro-brasileiras com jazz, soul e ritmos africanos. Mas o que mais impressiona é a força de sua escrita — letras que falam de racismo, amor preto, maternidade e espiritualidade. “Meu corpo é político”, canta ela, reafirmando o lugar da mulher negra como protagonista e não coadjuvante na cultura brasileira.
Luedji também desmonta estereótipos. Ao abordar o amor entre pessoas negras com ternura e sensualidade, ela desafia o imaginário racista que desumaniza o afeto negro. Sua arte é resistência e também celebração. Nos palcos e nas redes sociais, a artista usa sua visibilidade para discutir temas como colorismo, solidão da mulher negra e apagamento histórico.

A nova MPB de Luedji Luna é uma MPB de consciência. Sua presença ilumina uma geração que não aceita mais a exclusão e entende a arte como ferramenta de transformação. O futuro da música popular brasileira é negro — e Luedji é uma das vozes que o anunciam.
Essa publicação é fruto de uma parceria especial entre a Novabrasil e o Fórum Brasil Diverso, evento realizado pela Revista Raça Brasil nos dias 10 e 11 de novembro, que celebra a diversidade, a cultura e a potência da música negra brasileira. Não perca a oportunidade de participar desse encontro transformador — inscreva-se já www.forumbrasildiverso.org



