Steve Wozniak, o cofundador da Apple e cérebro por trás do Apple II, soltou o verbo: “Não uso IA porque não quero uma máquina dizendo o que tenho que fazer.” Em pleno 2025, enquanto o mundo se rende aos encantos da inteligência artificial, Wozniak decide nadar contra a corrente. E, convenhamos, ele tem lá seus motivos.
Para ele, a IA é uma caixa-preta imprevisível, que nem seus criadores entendem completamente. Confiar cegamente em algo que pode cometer erros e ser manipulado por agentes mal-intencionados é, no mínimo, imprudente. Afinal, quem nunca recebeu uma sugestão de playlist que parecia ter sido feita por um robô sem alma? Ah, espera…
Wozniak também questiona a previsibilidade que a IA impõe. “Desculpe, uma pessoa criativa não quer que alguém diga: ‘eu sei o que você vai dizer e o que você vai fazer‘”, afirma. Ele defende que a criatividade humana é imprevisível e única, algo que a IA ainda está longe de replicar. Afinal, será que um algoritmo conseguiria criar uma obra como “Bohemian Rhapsody”? Duvido.
Além disso, Wozniak propõe que a IA deveria ser mais transparente: indicar quando está sendo usada, de onde vêm suas informações e permitir que os usuários verifiquem as fontes. Mas ele mesmo admite que isso é improvável, pois exigiria muito mais recursos computacionais e poderia expor falhas das empresas que desenvolvem essas tecnologias.
Para os executivos e empresas que estão correndo para adotar IA em todos os setores, Wozniak deixa um alerta: não se deixe levar pela hype. A IA pode ser uma ferramenta poderosa, mas não é uma solução mágica. É essencial entender suas limitações e riscos antes de integrá-la aos processos de negócios.
Na minha opinião ele levanta alguns pontos interessantes, mas erra no contexto geral. Falar que não dá para ser criativo com IA é meia verdade, dependendo dos prompts é possível fazer conexões inesperadas e sempre pode-se completar com um toque final. E para executivos desconsiderar o potencial de produtividade da IA é um risco para as empresas que eu, particularmente, não acho viável.



