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Medicina nuclear ajuda a detectar problemas no coração e no cérebro antes dos sintomas

Uma área médica pouco conhecida fora dos hospitais vem ganhando destaque por ajudar a detectar doenças graves antes mesmo que o corpo dê sinais de alerta. A medicina nuclear, tradicionalmente ligada ao diagnóstico e tratamento do câncer, vem mostrando eficácia também no combate a doenças cardíacas e neurológicas, responsáveis por grande parte das internações e mortes no Brasil.

Essa especialidade utiliza técnicas que mostram como os órgãos funcionam de verdade, revelando alterações ainda ‘invisíveis’ em exames tradicionais. “A medicina nuclear alia biologia molecular, tecnologia de ponta e medicina personalizada, oferecendo exames funcionais que revelam processos dentro dos órgãos – muitas vezes antes que alterações estruturais sejam visíveis”, explica o médico Felipe Villela Pedras, especialista na área.

Os números preocupam: doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no país, representando mais de 21% dos óbitos anuais. O câncer preocupa, mas o coração pede ainda mais atenção. E é aí que métodos modernos, como a cintilografia de perfusão miocárdica, mudam o jogo.

“Estratégias baseadas em cintilografia – especialmente quando bem indicadas – economizam recursos ao evitar procedimentos invasivos desnecessários, como cateterismo, e ao direcionar tratamentos mais adequados”, afirma Villela Pedras. Novas gerações de equipamentos já permitem, em um único exame, avaliar a circulação no coração e até calcular a chamada “idade das artérias”, indicando o risco real de problemas futuros.

O avanço de tecnologias menos invasivas, como as câmeras gama de última geração, tornam os exames ainda mais precisos e acessíveis, beneficiando milhões de brasileiros. “Essa tecnologia entrega resultados comparáveis aos métodos internacionais mais sofisticados, com maior acessibilidade para o cenário nacional”, pontua o médico.

No campo das doenças do cérebro, os exames de medicina nuclear são capazes de flagrar alterações típicas de Alzheimer, Parkinson e outras demências muito antes dos primeiros sintomas. Isso se deve ao uso de biomarcadores avançados, como traçadores específicos disponíveis no Brasil, que auxiliam no diagnóstico precoce e permitem iniciar o tratamento na fase em que há mais chances de bons resultados.

“O uso de biomarcadores moleculares tem revolucionado o diagnóstico precoce das doenças neurodegenerativas, permitindo terapias mais precoces e adequadas”, diz Villela Pedras. Exames como o PET e o SPECT cerebral já fazem parte da rotina em centros especializados, tornando o diagnóstico mais preciso e seguro.

Apesar dos avanços, o acesso à medicina nuclear com tecnologia de ponta ainda é desigual no Brasil. Ampliar a oferta desses exames e investir na produção nacional de materiais essenciais podem reduzir internações, direcionar melhor os tratamentos e aumentar a sobrevida dos pacientes de doenças cardíacas e neurológicas.

  • Redução de custos hospitalares
  • Tratamentos mais personalizados e precisos
  • Melhora da qualidade de vida dos pacientes

“Expandir o acesso, promover pesquisas locais e integrar essas tecnologias à rotina pode reduzir custos hospitalares, direcionar tratamentos com precisão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, reforça Villela Pedras.

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