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MIS comemora 60 anos da Jovem Guarda com exposição

Em 2025, o programa de TV Jovem Guarda, apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, comemora 60 anos. O projeto deu origem a um movimento cultural que influenciou a moda, o comportamento e o comércio da época. Artistas como Martinha, Eduardo Araújo, Sérgio Reis, Jerry Adriani e Luiz Ayrão também fizeram parte dessa tendência musical.

Para celebrar a data, o Museu da Imagem e do Som (MIS) inaugurou uma exposição que homenageia essa geração que transformou a cultura brasileira.

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Foto: Divulgação.

Acervo inédito da Jovem Guarda

De antemão, a mostra é baseada na coleção do jornalista Washington Morais, grande entusiasta do tema e detentor de um dos maiores acervos privados do Brasil sobre o período. Ao longo dos últimos 30 anos, Morais foi responsável por conectar todos os personagens envolvidos na produção musical das décadas de 1950, 1960 e 1970.

Foto: NovaBrasil

Em entrevista à NovaBrasil, o diretor do MIS e curador da exposição, André Sturm, falou sobre a qualidade e a quantidade dos registros reunidos para a exposição, que fazem parte do acervo de Washington Morais:

“Ele provavelmente é o maior colecionador de Jovem Guarda no Brasil. São milhares de itens cuidadosamente preservados. Foi então que decidimos seguir em frente com a ideia.”

O tamanho da Televisão

Primeiramente, Strum também destacou o marco cultural que a Jovem Guarda representou para o Brasil:

“A Jovem Guarda foi a primeira vez que um grupo de artistas jovens falou para jovens. Antes, a música brasileira era muito eclética e variada, mas era feita por pessoas já na casa dos 30 anos e não era pensada especificamente para o público jovem. E a Jovem Guarda fez isso.”

Além disso, o curador ressaltou ainda o impacto do movimento na comunicação brasileira:

“Foi a primeira vez que um programa de televisão, em horário nobre, numa emissora importante, colocou artistas jovens falando diretamente com o público jovem. E aí foi o sucesso. A Jovem Guarda completa 60 anos, mas uma série de expressões que surgiram nas músicas — nas letras das músicas — se tornaram gírias de uso comum. Até pouco tempo atrás, por exemplo, usava-se a palavra ‘broto’. Hoje já revela a idade, mas até 10 anos atrás ainda era usada. Ou seja, essas expressões se incorporaram ao vocabulário cotidiano, mostrando a força e a importância desse movimento.”

Foto: NovaBrasil

Memória Jovem Guarda

Em entrevista à NovaBrasil, a secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, Marília Marton, explicou por que é importante preservar essa memória cultural:

“Primeiro, é importante lembrar que estamos falando da década de 60. É interessante mostrar para os jovens que, em diferentes momentos da história, a juventude se comunicava de formas diferentes. Por outro lado, os seus conteúdos, suas aflições e questionamentos de vida, no geral, são os mesmos. Quando você pega um movimento como a Jovem Guarda e mostra para o jovem de hoje, ele percebe que, 60 anos depois, ainda compartilhamos as mesmas inquietações. A Jovem Guarda trouxe muitas músicas sobre namoro, desilusões amorosas… E ainda hoje temos as mesmas aflições, os mesmos desejos. Naquela época, tudo se passava pela televisão, hoje são as redes sociais.”

“Foi lá que toda confusão começou”

A princípio, Marília Marton fez uma reflexão sobre como os artistas que integraram a Jovem Guarda seguiram caminhos distintos ao longo dos anos:

“Hoje, é até estranho imaginar que, no mesmo espaço, Sérgio Reis e Jorge Ben Jor estavam se ajudando mutuamente e, a partir desse movimento, traçaram suas próprias trajetórias.”

Foto: NovaBrasil

A secretária complementou dizendo que, em homenagem a esse movimento, a Secretaria de Cultura está programando diversas atividades em vários equipamentos culturais, especialmente em espaços voltados para o público jovem, como as Fábricas de Cultura. Em suma, para ela, isso é importante porque muitos jovens desconhecem os artistas e a trajetória dessa época, e não têm oportunidade de aprender sobre suas origens.

Dias e horários

Em síntese, a exposição está aberta ao público de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, aos sábados, das 10h às 20h, e aos domingos, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). As terças-feiras, a entrada gratuita.

Ainda mais, toda terceira quarta-feira do mês, o ingresso é gratuito, sendo retirado exclusivamente na bilheteira física do MIS no momento da visita. Bem como, o mesmo ingresso dá acesso à exposição Ney Matogrosso. A classificação indicativa é livre.

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