RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Novo marco do licenciamento ambiental acende alerta sobre riscos à natureza

O Senado federal aprovou um novo marco para o licenciamento ambiental no Brasil por 54 votos a 13. A proposta, que ainda depende de votação na Câmara dos Deputados, altera as regras para obtenção de licenças ambientais, facilitando a autorização de empreendimentos por meio do chamado autolicenciamento, sem a necessidade de análise por órgãos ambientais nem consulta à sociedade.

Para especialista, proposta enfraquece sistema e fere a Constituição

Para Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, a medida representa um grave retrocesso. “O licenciamento perdeu eficácia”, afirma. Ele aponta ainda a fragmentação das regras por estados como um estímulo à chamada “guerra ambiental fiscal”, atraindo empreendimentos para regiões mais permissivas. “O projeto é inconstitucional e terá de ser corrigido na Justiça”, avalia.

Novo texto pode afetar imagem do Brasil em acordos internacionais

As mudanças também colocam em risco a imagem do Brasil perante fóruns ambientais internacionais, como a COP e a Organização Mundial do Comércio. Ao desmontar o sistema de gestão ambiental, o país se distancia de compromissos globais ligados à sustentabilidade e à responsabilidade climática.

Brumadinho seria considerada empreendimento de risco médio

Um dos pontos mais criticados é a autorização de autolicenciamento para empreendimentos classificados como de pequeno e médio porte — categoria que poderia incluir até uma barragem como a de Brumadinho. Bocuhy lembra que a saturação dos ecossistemas exige análise do conjunto e não apenas do impacto isolado de cada obra. “Esse modelo enfraquece a proteção ambiental e transfere o prejuízo à saúde pública e à população.”

Governo sinaliza veto parcial ou total

Segundo Bocuhy, há indícios de que o governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, deve agir para barrar os trechos mais críticos. “Se não houver correção legislativa, o caminho será a judicialização”, adverte. Para ele, o país precisa de um licenciamento mais eficiente, mas que não sacrifique o controle e a fiscalização ambiental.

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS