“O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, já tem lançamento confirmado em 94 países nas Américas do Norte e Latina, Europa, Ásia e Oceania, de acordo com a MK2, responsável pela comercialização dos direitos de exibição do filme internacionalmente. Entre os territórios já confirmados estão alguns dos maiores mercados cinematográficos do mundo, como China, Estados Unidos e México e Coreia do Sul, além de países como Grécia, Índia, Nova Zelândia e Finlândia.
As sessões especiais de “O Agente Secreto” também seguem ocorrendo pelo mundo, e, amanhã (sábado, 5 de julho), chegará ao Cinéma Paradiso Louvre, onde terá exibição gratuita e ao ar livre, no pátio do Museu do Louvre, em Paris. O filme será apresentado ao público francês pelo diretor Kleber Mendonça Filho, pela produtora Emilie Lesclaux, e pelo protagonista Wagner Moura. Ainda em julho, a produção também ganha prés-estréias em Portugal, com sessões confirmadas para o dia 23, em Lisboa, no Cinema São Jorge, e, no dia 25, no Porto, no Cinema Trindade com a presença de Kleber Mendonça Filho.
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A trajetória internacional de “O Agente Secreto” já passou pelo Festival de Cannes, onde estreou e garantiu quatro prêmios — Melhor Diretor, Melhor Ator (Wagner Moura) e o Prêmio FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema) e “Art et Essai”, concedido pela AFCAE (Associação Francesa de Cinema d’Art et d’Essai) —, e pelo Festival de Cinema de Sydney.
Ambientado no Recife de 1977, “O Agente Secreto” chega oficialmente aos cinemas brasileiros no dia 6 de novembro, e ganha sessões especiais e antecipadas já em setembro e outubro. O longa é um thriller político, que acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz, mas logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.
O elenco reúne grandes nomes do cinema nacional, incluindo Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Hermila Guedes, Alice Carvalho, Roberto Diogenes, entre outros artistas. A produção é assinada por Emilie Lesclaux, e é uma coprodução com a CinemaScópio (Brasil), MK Productions (França), Lemming Film (Holanda) e One Two Films (Alemanha), e conta com distribuição no
Brasil pela Vitrine Filmes. Internacionalmente, será lançado pela NEON (EUA e Canadá) e pela MUBI (Reino Unido, Irlanda, Índia e América Latina, exceto Brasil).
Sobre Kleber Mendonça Filho
Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, Kleber Mendonça Filho tem um trabalho abrangente como crítico, programador de cinema e cineasta e roteirista. Foi responsável pelo setor de cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, durante 18 anos e escreveu como crítico de cinema para o Jornal do Commercio, em Pernambuco, e outros veículos, como a Revista Continente e Folha de São Paulo. É diretor artístico do Janela Internacional de Cinema do Recife e curador-chefe do Cinema do Instituto Moreira Salles em São Paulo.
Como realizador, migrou do vídeo, nos anos 90, quando experimentou com ficção, documentário e videoclipes, para o digital e o 35mm na década de 2000. Seus curtas-metragens (“Enjaulado”, “A Menina do Algodão”, “Vinil Verde”, “Eletrodoméstica” e “Recife Frio”) receberam mais de 150 prêmios no Brasil e no exterior.
Seu primeiro longa-metragem é o documentário “Crítico” (2008), realizado ao longo de nove anos como fruto do seu trabalho como observador do Cinema e crítico de filmes. Em 2014, realizou “A Copa do Mundo no Recife”, documentário de 15 minutos feito para o Canal SporTV e Casa de Cinema de Porto Alegre.
“O Som ao Redor” (2012) foi seu primeiro longa de ficção, exibido em mais de 100 festivais internacionais, lançado comercialmente em 14 países e vencedor de 32 prêmios. O filme foi o representante brasileiro no Oscar 2014.
“Aquarius” (2016), seu segundo longa, teve uma carreira ainda mais prestigiosa, estreando na competição do Festival de Cannes, distribuído em mais de 100 países, indicado ao César de Filme Estrangeiro e vencedor do Prêmio de Melhor Filme Internacional do Sindicato Francês da Crítica de Cinema.
Em 2018, co-dirigiu e co-roteirizou, ao lado de Juliano Dornelles, “Bacurau”, que estreou na competição do Festival de Cannes em maio de 2019, vencedor do Prêmio do Júri. Bacurau foi também vencedor do Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro do New York Film Critics Circle e indicado ao Independent Spirit Awards como Melhor Filme Estrangeiro.
Em 2023, o filme ensaio/documentário “Retratos Fantasmas” também estreou no Festival de Cannes em sessão especial (“Special Screening”). O Som ao Redor, Aquarius, Bacurau e Retratos Fantasmas foram todos listados na prestigiosa lista de “10 Melhores do Ano do jornal The New York Times em seus respectivos anos de lançamento nos cinemas dos Estados Unidos. O Som ao Redor, Aquarius, Bacurau
e Retratos Fantasmas levaram às salas de cinema brasileiras cerca de um milhão e quatrocentos mil espectadores.