Há poucos dias indiquei neste espaço um livro infantil escrito pelo genial historiador Luiz Antonio Simas, “As três estrelas do céu”. Volto a citá-lo, desta vez para falar de um outro livro de sua autoria – infantil e também ilustrado por Camilo Martins -, “O cavaleiro da lua”, uma história que mistura a força dos mitos brasileiros com a doçura da imaginação infantil.
Vencedor do Prêmio Jabuti e um dos maiores especialistas em cultura popular do país, Simas apresenta um livro que é poesia em movimento e convida leitores de todas as idades a embarcar numa aventura que atravessa o céu.
Inspirado na figura de São Jorge — o santo guerreiro que protege caminhos e corações —, “O cavaleiro da lua” conta, em versos de cordel, a viagem de um herói que cavalga entre as estrelas para apresentar às crianças as fases da lua. É uma forma poética de unir astronomia e cultura popular, ciência e encantamento.
Entre luas cheias e luas novas, o cavaleiro de Simas lembra que até nas noites mais escuras há sempre uma fresta de luz. É essa mistura de coragem, fantasia e brasilidade que transforma o livro em um daqueles presentes que ficam — um convite para ler, sonhar e conversar sobre fé, natureza, tempo e esperança.
Com “O cavaleiro da lua”, Simas mostra que a nossa cultura popular continua sendo uma das mais belas maneiras de explicar o mundo às crianças: através da música das palavras, do mistério das estrelas e da força dos nossos mitos.



