O governo norte-americano apresentou novo plano de paz para Gaza. O anúncio ocorreu ao lado do premiê israelense Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. Mas o texto abre margem para a imprevisibilidade sobre o futuro da população palestina, na avaliação do professor Gunther Rudzit, coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios em Oriente Médio (NENOM) da ESPM:
“O plano elaborado fundamentalmente sem a participação dos palestinos e também do governo Israelense. Toda a construção leva à entender a formação de um Estado Palestino no futuro, quando a Autoridade Palestina tiver viabilidade para administrar a região em paz“. Segundo ele, essa viabilidade não prevê o que irá ocorrer em Gaza até essa “viabilidade“.
Ao mesmo tempo, o especialista relembrou os encontros entre Donald Trump e representantes de governos árabes em paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas.
“O momento do anúncio do plano é quase um ultimato da reunião tanto para o Hamas quanto para Netanyahu“, aponta. Porém, essa meta também é um problema para o premiê israelense Benjamin Netanyahu:
“A extrema-direita israelense e religiosa não aceita abrir mão de Gaza e da Cisjordânia. Esse grupo mais à direita, religioso, fundamentalista israelense, não aceita e ameaça derrubar o Netanyahu“, conclui.
Segundo ele, quando Netanyahu deixar o poder, ele volta a enfrentar três processos na Suprema Corte israelense com acusações de corrupção que podem levá-lo à prisão.



