O forró autêntico e disruptivo de Getúlio Abelha, no Vitrine

O encontro de ritmos do Norte e Nordeste com o pop e eletrônico. Essa é a mistura artística proposta pelo cantor, compositor, performer, ator Getúlio Abelha, o convidado da semana no Vitrine.

Nascido no Piauí e radicado em Fortaleza, Ceará, Getúlio Abelha transita livremente entre o forró tradicional, o pop e o eletrônico. Dos bares e da cena alternativa de Fortaleza, Getúlio Abelha furou a bolha da cena musical local em 2017, e despontou com seu estilo único, pautado numa sonoridade plural e pop, com atitude punk.

“O forró é controlado por essa imagem heteronormativa e quando eu escolhi fazer forró, foi com essa intenção de dentro desse estilo eu dar uma mexida e uma bugada nisso tudo, sobretudo porque é um estilo musical que sempre fez parte da minha história”, conta Getúlio.

No Vitrine, Getúlio Abelha fala sobre como a escolha do forró foi uma decisão política e social | Foto: novabrasil

Questões atuais como a política, corpos, gênero e críticas ao conservadorismo estão presentes na arte de Getúlio, com letras ácidas, tom irônico e crítico. Nos palcos, Getúlio é explosão pura, seja por conta de seus figurinos coloridos e impactantes, seja por sua performance avassaladora com seus bailarinos coreografados.

O primeiro álbum do artista, Marmota, foi lançado em 2021. Durante a entrevista, Getúlio conta detalhes de toda concepção artística do trabalho.

“Descobrindo a importância das questões sociais pra mim e pro mundo, e entendendo e aprendendo como levar isso pra arte, acabei encontrando no forró esse lugar perfeito.” diz Getúlio Abelha

Em conversa com Lívia Nolla, Getúlio Abelha falou sobre a sua escolha pelo forró ter sido também uma escolha política e social, além de mencionar a abrangência de público que conseguiu atingir, como a comunidade LGBTQIAP+ até pessoas que talvez não escutariam sua música.
Em sua obra, Getúlio não tem amarras em mostrar o que é. Ele relatou o quanto isso incentiva outras pessoas a serem o que são e a terem coragem de fazerem o que acreditam. O artista também falou sobre a importância de saber o que não quer. Getúlio explicou que não gosta de explicar o que faz porque o seu processo criativo não se explica, e muitas vezes nem ele sabe como aquilo surgiu.
Getúlio Abelha | Foto: Sillas h/Divulgação
Falando da parte visual de seu trabalho, Getúlio também falou sobre o processo de produção dos seus videoclipes e de sua obra audiovisual super consistente. Ressaltou também a importância do improviso e da experimentação no seu processo criativo.

Ouça o episódio na íntegra:

Sobre o ‘Vitrine’

Vitrine chega na grade da novabrasil para celebrar os novos talentos da música brasileira. Nomes expoentes da nossa música ganharão espaço e destaque na programação da rádio.

Apresentado por Lívia Nolla, pesquisadora musical e garimpeira de carteirinha, é no Vitrine que os ouvintes vão conhecer os artistas e os sons que estão se destacando na cena musical.

Confira a playlist oficial do programa:

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