A música está no DNA de Luciana Mello, convidada da semana no +Preta. Ela transita pelo soul, funk, charme, pop, entre outros estilos com muita facilidade, inclusive o samba! Depois de lançar o álbum, “Tempo de Amar”, em 2022, Luciana está na estrada com os shows de sua turnê “35 anos na música”.
Com mais de três décadas de carreira, Luciana Mello iniciou sua carreira aos 5 anos. Com 4, já cantava com o pai, Jair Rodrigues, no palco. Aos 7 anos de idade, Luciana entrou para a última formação do Turma do Balão Mágico, do qual já fazia parte o seu irmão – o hoje cantor, compositor, instrumentista e produtor musical Jair Oliveira (Jairzinho).
Em 1995, aos 16 anos, ainda assinando como Luciana Rodrigues, gravou o seu primeiro disco solo. Em 2000, tornou-se conhecida no Brasil inteiro, quando lançou o seu segundo disco, “Assim Que Se Faz” – produzido por seu irmão – que ganhou projeção nacional com os sucessos:
- Assim Que Se Faz (composição de Daniel Carlomagno);
- e da canção Simples Desejo (composição de seu irmão em parceria com Daniel Carlomagno).
Depois disso, Luciana não parou mais, lançando um sucesso atrás do outro e tornando-se uma das mais belas vozes da MPB. Jair Oliveira produziu diversos discos da irmã a partir daí.
Após seis álbuns de estúdio, Luciana Mello lançou “Tempo de Amar” e o ao vivo “35 anos na Música“, onde canta faixas do disco recém lançado e sucessos de sua carreira. Este último também ganhou um registro audiovisual no canal do Youtube da cantora.
“Hoje eu vejo quão importante é a gente se ver consumindo todos os produtos, estando em todos os lugares.” diz Luciana Mello sobre representatividade
Em conversa com Adriana Couto, Luciana Mello relembrou seu início na carreira e como, ao longo dos anos, ela e o irmão foram apontados como grandes referências de representatividade para pessoas pretas, principalmente na infância.
“Hoje eu vejo quão importante é a gente se ver consumindo todos os produtos, estando em todos os lugares, fazendo tudo o que qualquer pessoa pode fazer. É muito importante essa diversidade.”
Ao iniciar as músicas que conversam com suas memórias mais pretas, a artista escolheu a música “Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda”, interpretada por Jair Rodrigues – presente no álbum “É isso aí..” (1971), onde canta serestas e serenatas. Luciana mencionou o quanto a música, que escutava desde pequena, a emociona até os dias de hoje por conta da emoção na interpretação do pai.
Luciana também ressaltou o quanto sua segurança, como pessoa e como artista, foi algo fortalecido pelo apoio da família.
“Eu sempre falei isso: ‘gente, eu sou preta desde que eu nasci. Eu não tô entendendo vocês agora, é porque vocês descobriram agora a minha negritude'”.
Ouça o episódio na íntegra:
Sobre o ‘+Preta’
+PRETA coloca no dial da Novabrasil músicas cantadas e/ou compostas por artistas negros e negras brasileiras de diferentes gerações. O programa embarca na diversidade da produção contemporânea, mas não perde a chance de apresentar clássicos e raridades.
Sem preconceitos e com muito afeto o +PRETA celebra a beleza e força criativa da música brasileira a partir da experiência de uma pessoa negra.
A cada edição, um/uma artista, personalidade, ou intelectual negra divide com o público suas memórias musicais + pretas em quadros especiais como: o samba da vida, a música da família, o som revolucionário, o hit que inspirou uma mudança.
No comando do microfone, a apresentadora Adriana Couto, uma das profissionais mais conhecidas do jornalismo cultural.
Confira a playlist oficial do programa:
