A obesidade entre os idosos deixou de ser uma exceção e se tornou uma preocupação crescente no Brasil e no mundo. Atualmente, cerca de 31% da população brasileira vive com obesidade, segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025, e 68% apresentam excesso de peso.
Projeções indicam que, até 2044, 75% da população adulta poderá estar acima do peso, aumentando os desafios para a saúde pública e para o cuidado individual.
“O aumento da obesidade em idosos reflete não só mudanças de hábitos, mas também o próprio envelhecimento do corpo”, explica a Dra. Julianne Pessequillo, especialista em Geriatria e Clínica Médica. Segundo ela, o excesso de peso pode levar à perda de autonomia funcional, maior risco de quedas e fraturas, além de complicações cardiovasculares, diabetes, artrose e síndromes metabólicas.
Abordagem multidisciplinar e personalizada
Para a médica, o manejo da obesidade nessa faixa etária precisa ser feito com cuidado e individualização. “Não podemos simplesmente adaptar protocolos usados para adultos jovens. Precisamos considerar alterações próprias do envelhecimento, como perda de massa muscular, redução do gasto energético basal e limitações de mobilidade”, orienta. O tratamento ideal combina acompanhamento nutricional, atividade física supervisionada, suporte psicológico e avaliação médica constante.
A especialista reforça que a prevenção é o melhor caminho: “Envelhecer com saúde significa investir em hábitos equilibrados, com alimentação balanceada, exercícios adaptados e acompanhamento regular.” Além disso, ela destaca a importância de políticas públicas e programas de conscientização para estimular um envelhecimento ativo e saudável.




