Um dos maiores clássicos do repertório lírico do século XX chega ao palco do Theatro Municipal de São Paulo em setembro. Porgy and Bess, de George Gershwin, em uma montagem inédita que reúne um elenco composto por artistas negros, reafirmando o compromisso da instituição com a diversidade e a representatividade nas artes cênicas.
Com direção musical de Roberto Minczuk, e o olhar poético e ousado de Grace Passô, renomada autora, diretora e atriz de teatro e cinema, que assina a direção cênica e traz à cena o universo multifacetado desta ópera, que cruza as fronteiras do jazz, do teatro e da música clássica para contar uma história de luta e amor. As apresentações acontecem do dia 19 ao dia 27 de setembro, na Sala de Espetáculos. Os ingressos custam de R$33 a R$210 e duração de aproximadamente 230 minutos, com intervalo.
A trama de Porgy and Bess gira em torno das dores e paixões dos moradores de Catfish Row, com personagens como Porgy, um homem humilde e com uma deficiência física, e Bess, em busca de redenção após uma vida de provações. Clássicos eternos como Summertime, My Man’s Gone Now e I Got Plenty o’ Nuttin’ dão voz e alma a esta narrativa que cruza fronteiras entre o jazz, o teatro e a música clássica, mantendo-se relevante por sua profundidade emocional e sensibilidade social.
A ópera estreou originalmente em 1935 e é celebrada mundialmente por sua fusão única entre música clássica, jazz e blues. A obra retrata, com sensibilidade e intensidade dramática, os desafios, afetos e resistências de uma comunidade negra nos Estados Unidos no início do século XX. Nesta montagem inédita, a diretora Grace Passô traz elementos do contexto cultural e da comunidade negra brasileira para a cena.
A concepção cenográfica é assinada por Marcelino Melo, conhecido como Quebradinha, artista plástico, cenógrafo e figurinista cuja obra transita entre a arte popular e o imaginário afro-brasileiro. Seu trabalho é amplamente reconhecido pelas detalhadas miniaturas de favelas, que recriam com precisão poética becos, casas e paisagens urbanas brasileiras, transformando memória e vivência em arte. Essas obras, já expostas em galerias e projetos culturais no Brasil e no exterior, revelam um olhar sensível sobre a vida nas periferias e a resistência das comunidades.
O espetáculo contará ainda com a participação especial do Coro Porgy and Bess, formado por cantores do Coro Lírico Municipal, integrantes do Coral Paulistano e artistas convidados. A fusão dessas formações corais, sob regência da maestra Maíra Ferreira, dará à montagem a força vocal e a riqueza harmônica que tornaram Porgy and Bess um marco no repertório lírico internacional.
O baixo Luiz-Ottavio Faria interpreta Porgy em todas as récitas. No papel de Bess, Latonia Moore canta nos dias 19, 21 e 27, enquanto Marly Montoni assume a personagem nos dias 20, 23, 24 e 26. Nas récitas dos dias 19, 21, 24 e 27, Bongani Kubheka interpreta Crown, Jean William será Sportin’ Life e Bette Garcés assume o papel de Clara. Já nas apresentações dos dias 20, 23 e 26, os papéis são interpretados, respectivamente, por Davi Marcondes (Crown), Carlos Eduardo Santos (Sportin’ Life) e Nubia Eunice (Clara). Michel de Souza (Jake) integra o elenco em todas as datas.
Serviço:
Espetáculo: Porgy and Bess (George Gershwin / DuBose Heyward)
Local: Theatro Municipal de São Paulo – Sala de Espetáculos
Datas:
19/09 (sexta-feira) – 20h
20/09 (sábado) – 17h
21/09 (domingo) – 17h
23/09 (terça) – 20h
24/09 (quarta) – 20h
26/09 (sexta) – 20h
27/09 (sábado) – 17h
Duração: Aproximadamente 230 minutos, com intervalo
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos
Ingressos: de R$ 33 a R$ 210
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