Durante o Outubro Rosa, campanha mundial de conscientização sobre o câncer de mama, a principal mensagem é clara: diagnóstico precoce faz toda a diferença. A médica radiologista Érica Endo, do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas, explica a importância da mamografia para reduzir as mortes causadas pela doença.
“A mamografia é o único método comprovadamente eficaz para reduzir a mortalidade pelo câncer de mama. Ela reduz em até 40% essa mortalidade porque identifica alterações quando a doença ainda não se espalhou”, afirma.
Quatro sinais que exigem atenção
Segundo a especialista, o exame permite detectar quatro tipos de alterações: “Os nódulos, as assimetrias, as distorções arquiteturais e as calcificações. Esses sinais, quando observados precocemente, aumentam muito as chances de cura”, explica Érica.
Ela reforça que, ao identificar a doença ainda na forma não invasiva, o tratamento se torna menos agressivo e mais eficiente.
Como tornar o exame mais tranquilo
Muitas mulheres evitam o exame por medo do desconforto. A médica reconhece a dificuldade, mas garante que alguns cuidados simples ajudam.
“Evite fazer o exame durante o período menstrual. O ideal é uma semana depois. Também é importante não consumir chocolate ou café nos dias que antecedem a mamografia, porque a cafeína aumenta a sensibilidade das mamas”, orienta.
Ela também recomenda não usar talco nem cremes no dia do exame: “Esses produtos podem simular alterações e levar à repetição desnecessária das imagens”.
Respiração e calma fazem diferença
Além das orientações técnicas, o controle emocional é essencial. “Durante o exame, respire fundo, solte o ar e lembre-se de que o procedimento dura poucos segundos. Manter a calma ajuda muito a reduzir o desconforto”, completa.
Regularidade é fundamental
Por fim, a radiologista reforça a importância de manter a periodicidade anual. “O rastreamento é anual justamente para detectar pequenas lesões. Se a mulher demora mais tempo para repetir o exame, há o risco de encontrar um tumor maior e mais avançado”, explica.
Ela conclui com um alerta: “Um ano é o tempo ideal para identificar lesões pequenas e garantir tratamento com prognóstico favorável”.



