Por Camilo Mota
Em 1974, Elis Regina e Tom Jobin gravaram uma música juntos pela primeira vez, no disco “Elis e Tom”. 50 anos depois, o chamado featuring continua em alta no mundo da música. Do inglês, o termo significa “apresentando” e indica uma parceria entre artistas na gravação de algum single ou disco.
Michael Jackson convidou o beatle Paul MacCartney para gravar The Girl Is Mine, em 1982, um ano antes do sucesso Say Say Say, que compõem o álbum Thriller. Um ano depois, foi a vez de Stevie Wonder ser feat de Paul MacCartney.
O formato que reúne parcerias, no entanto, já era destaque no país, inclusive no Brasil, mas não pelo nome americano. A união no palco possibilita a integração de estilos e genialidades da cultura nacional, como afirma João Marcello Bôscoli, produtor musical:
“A trajetória humana é colaborativa, sobretudo na música. Quando você ouve a música de um artista que você gosta, nenhum acorde que ele fez foi ele quem inventou, nenhum instrumento que ele está tocando foi ele quem inventou, normalmente. Emprestamos algo único em cada performance musical e quando você traz um convidado você consegue uma nova química, uma nova possibilidade”.
Na onda dos feats, Lúcio Silva de Souza, o Silva, surfa muito bem e irá dividir palco com Filipe Catto na Turnê Novabrasil nesta sexta-feira (24), no Espaço Unimed, em São Paulo. O artista já gravou canções com diversos cantores de sucesso como Anitta, Criolo, Ludmilla e até Marisa Monte, autora das músicas que Silva regravou no álbum Silva canta Marisa.
“A parceria sempre te tira do seu lugar comum. Sabe quando você cozinha em casa, faz aquela coisa sempre todo dia? Aí vem alguém e te dá um tempero diferente. É trazer um elemento que não está no seu DNA. Enriquece muito e é sempre bom, para os dois lados, e acaba sendo uma troca legal”, contou o artista à Novabrasil.