Percussionistas Brasileiros: conheça 5 músicos que merecem destaque pelo talento e pela história

A história da música brasileira é rica e diversificada, com uma contribuição significativa vinda de diversos artistas e gêneros musicais. Entre os músicos que moldaram e enriqueceram a música, os percussionistas brasileiros desempenham um papel fundamental. 

Suas batidas e ritmos são essenciais para o desenvolvimento de muitos estilos musicais brasileiros, incluindo samba, bossa nova, tropicália, jazz e muito mais. 

Neste texto, vamos destacar 5 grandes percussionistas brasileiros que merecem ser lembrados não apenas por seu talento, mas também por sua influência duradoura na história da música brasileira.

percussionistas-brasileiros
Conheça 5 grandes percussionistas brasileiros. | Foto: Reprodução/ Itamar Crispim.

5 Grandes Percussionistas Brasileiros

Confira a seguir:

1. Naná Vasconcelos

Juvenal de Holanda Vasconcelos, conhecido artisticamente como Naná, nasceu em 1944 na bela cidade do Recife. Desde jovem, ele já demonstrava um talento incomum e uma criatividade sem igual quando se tratava de percussão. Autodidata, Naná Vasconcelos dominava uma ampla variedade de instrumentos de percussão e se destacou por popularizar o berimbau em todo o mundo.

Na década de 1960, Naná mudou-se para o Rio de Janeiro, onde sua carreira deslanchou. Ele rapidamente se tornou um dos músicos mais procurados do país, colaborando com lendas da música brasileira, como Milton Nascimento. No entanto, seu talento transcendeu as fronteiras do Brasil, e ele teve uma carreira internacional de sucesso estrondoso. Trabalhando com artistas renomados como B.B. King, David Byrne e Ginger Baker, Naná Vasconcelos elevou a percussão brasileira a novos patamares.

Sua influência e impacto na música são inegáveis. Ganhou oito prêmios Grammy e foi eleito várias vezes o melhor percussionista do mundo pela renomada revista Downbeat. Sua morte em 2016, aos 71 anos de idade, foi uma perda significativa para a música brasileira e global, mas seu legado perdura.

2. Chico Batera

Francisco José Tavares de Souza, popularmente conhecido como Chico Batera, é um percussionista e baterista nascido no Rio de Janeiro. Com uma carreira que já dura quase oito décadas, Chico Batera é um verdadeiro ícone da percussão brasileira.

Sua trajetória musical começou aos 17 anos, quando se tornou músico profissional e ingressou na escola de samba Império Serrano na década de 1960. Ele contribuiu para a sonoridade única do samba carioca e ajudou a levar essa música para o cenário internacional.

Chico Batera também acompanhou muitos artistas notáveis, incluindo Sérgio Mendes, Johnny Alf e Bossa Três. Sua carreira o levou a tocar na Alemanha com o grupo Folclore, Samba e Bossa Nova, e nos Estados Unidos, onde explorou uma ampla variedade de instrumentos de percussão. Sua versatilidade e habilidade abriram portas para colaborações com lendas como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald, além de participações em trilhas sonoras de filmes.

Com uma carreira musical tão longa e rica, Chico Batera continua a ser uma figura venerável na história da percussão brasileira e é um exemplo inspirador para as gerações mais jovens de músicos.

3. Djalma Corrêa

Djalma Corrêa é um compositor e percussionista mineiro nascido em 1942, conhecido por sua contribuição notável para o jazz e a música popular brasileira. Ele se destacou especialmente durante o movimento cultural da Tropicália, que varreu o Brasil na década de 1960, trazendo inovação e experimentação à música popular.

Ao longo de sua carreira, Djalma Corrêa acompanhou diversos artistas de renome, incluindo Caetano Veloso e Gilberto Gil, que foram figuras centrais da Tropicália. Sua habilidade com os instrumentos de percussão enriqueceu as composições e performances desses músicos icônicos.

Além de ser um talentoso músico, Djalma Corrêa destacou-se como um grande pesquisador musical. Ele empreendeu esforços para o reconhecimento e a preservação do folclore brasileiro, um tesouro de influências rítmicas e culturais que contribuíram para a diversidade musical do Brasil.

O legado de Djalma Corrêa como percussionista e defensor da cultura brasileira é uma parte 

importante da história da música do país e continua a influenciar as gerações futuras.

4. Airto Moreira

Airto Moreira, atualmente com 80 anos de idade, é um percussionista e baterista nascido em Santa Catarina, Brasil, que conquistou o mundo com seu talento e inovação na percussão. Sua carreira é um testemunho da versatilidade e influência dos percussionistas brasileiros na cena musical global.

Entre seus trabalhos mais relevantes, destacam-se suas colaborações com verdadeiros monstros da música mundial, como Miles Davis, Joe Zawinul, Santana, George Benson e Chick Corea. Sua habilidade em adicionar camadas de ritmos e texturas sonoras às performances desses músicos icônicos contribuiu para a evolução do jazz e da fusão musical.

No Brasil, Airto Moreira fez parte do Quarteto Novo ao lado de Theo de Barros, Heraldo do Monte e Hermeto Pascoal, um grupo que desempenhou um papel fundamental na criação de uma abordagem única da música brasileira. Além disso, suas colaborações com sua esposa, a renomada cantora Flora Purim, resultaram em uma série de trabalhos de alta qualidade que mesclaram elementos do Brasil com influências globais.

A influência de Airto Moreira na música transcende fronteiras geográficas e culturais. Sua abordagem inovadora da percussão e sua disposição para experimentar novos sons e estilos continuam a inspirar músicos em todo o mundo. Sua carreira é um testemunho do poder da percussão brasileira para unir culturas e enriquecer a música global.

5. Marco Bosco

Influenciado pelo trabalho de Airto Moreira, Marco Bosco é um percussionista brasileiro que começou a atuar profissionalmente nos anos 1970. Sua carreira é marcada por uma série de colaborações impressionantes com artistas de peso, tanto no Brasil quanto no exterior.

No cenário musical brasileiro, Marco Bosco contribuiu significativamente para a sonoridade de artistas como Rita Lee, Caetano Veloso, Raul Seixas e Egberto Gismonti, entre outros. Sua capacidade de explorar uma ampla gama de instrumentos de percussão o tornou um músico versátil e valioso para diversos gêneros musicais.

Além disso, sua influência se estendeu além das fronteiras do Brasil. Marco Bosco participou de inúmeras gravações renomadas, incluindo álbuns de artistas internacionais como Gary Bartz, Dr. John, Tsuyoshi Yamamoto, Zainal Abdin e Hank Jones. Sua colaboração com esses músicos de destaque ajudou a disseminar a riqueza dos ritmos brasileiros pelo mundo.

Marco Bosco é um exemplo de como a percussão brasileira pode transcender fronteiras geográficas e culturais, enriquecendo a música global com sua energia única e paixão pela batida.

A Importância dos grandes percussionistas brasileiros para a música nacional

Os percussionistas brasileiros contribuíram significativamente para a evolução de gêneros musicais como o samba, a bossa nova, a tropicália e o jazz brasileiro. Sua criatividade e inovação ajudaram a moldar o som desses estilos, tornando-os únicos e reconhecíveis em todo o mundo.

A presença de percussionistas talentosos e visionários como Naná Vasconcelos, Chico Batera, Djalma Corrêa, Marco Bosco e Airto Moreira na cena musical brasileira inspirou gerações futuras de músicos. Eles provaram que a percussão pode ser muito mais do que simplesmente marcar o tempo; pode ser uma forma de expressão artística rica e complexa.

Além disso, os percussionistas brasileiros desempenharam um papel importante na disseminação da cultura brasileira pelo mundo. Suas colaborações com músicos internacionais trouxeram a música brasileira para os palcos globais e influenciaram inúmeras outras tradições musicais.

Curtiu conhecer um pouco da história de grandes percussionistas brasileiros?! Para mais conteúdos como esse, continue de olho na Novabrasil

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS