Pernas inchadas após um dia intenso podem parecer um sintoma trivial — e muitas vezes é mesmo. No entanto, nem todo inchaço deve ser atribuído ao cansaço ou ao calor. Quando persistente ou acompanhado de outros sinais, pode indicar condições sérias de saúde, como doenças vasculares, renais, hepáticas ou cardíacas.
Por que as pernas incham?
O inchaço, ou edema, ocorre devido ao acúmulo excessivo de líquidos nos tecidos do corpo. Esse quadro pode surgir por fatores simples, como ficar muito tempo em pé ou sentado, ou por razões mais complexas, como alterações na circulação ou mau funcionamento de órgãos vitais.
“Ficar atento à duração e ao padrão do inchaço é essencial. Quando o sintoma melhora com o repouso ou elevação das pernas, pode ser algo leve. Mas se persiste ou piora com o tempo, é hora de investigar com um especialista”, alerta a cirurgiã vascular Andréa Klepacz, membro da Brazil Health.
Quando o inchaço merece atenção especial
É importante observar algumas características que ajudam a diferenciar o edema benigno de possíveis sinais de alerta:
• quando apenas uma das pernas está inchada, ou há assimetria significativa
• presença de dor, sensação de peso, câimbras ou alterações na pele
• piora ao longo do dia e ausência de melhora após descanso
• surgimento repentino e intenso
Esses sinais podem estar associados a problemas vasculares, como insuficiência venosa, trombose venosa profunda ou linfedema. “Mudanças bruscas, dor ou manchas devem ser avaliadas com urgência. Às vezes, o que parece apenas estético pode ser um sinal de algo mais sério acontecendo no organismo”, explica Andréa.

Tratamentos modernos e menos invasivos
O tratamento do inchaço nas pernas depende da causa, mas avanços na medicina têm proporcionado soluções eficazes e pouco invasivas. Estão entre as opções:
• terapia compressiva com meias específicas
• escleroterapia e laser para varizes
• ablação por radiofrequência
• medicamentos específicos e fisioterapia vascular
Além disso, mudanças no estilo de vida, como redução do sal, atividade física regular e controle de doenças associadas, também fazem parte da estratégia.
“O mais importante é entender que o inchaço não é apenas um desconforto. Ele pode limitar a mobilidade, impactar o bem-estar emocional e até causar complicações, como úlceras venosas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado fazem toda a diferença”, conclui a especialista.



