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Protocolo inovador associa perda de peso e alívio da dor para evitar cirurgias em mulheres com sobrepeso, revela ortopedista brasileiro

Mais de 250 milhões de pessoas convivem com osteoartrite no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O problema atinge principalmente os joelhos, e fatores como sedentarismo, envelhecimento e excesso de peso estão entre as principais causas. O peso extra impacta diretamente: “Cada quilo a mais representa de 3 a 4 quilos adicionais sobre os joelhos a cada passo”, explica o Dr. Clécio de Lima Lopes, ortopedista referência em Medicina do Esporte.

Esse efeito acumulativo, segundo o especialista, acelera o desgaste das articulações, agravando a inflamação e instaurando um ciclo de dor, limitação de movimentos e frustração para milhares de mulheres brasileiras. “É preciso olhar o emagrecimento como estratégia de alívio da dor e não apenas estética: menos peso significa menos dor e mais autonomia”, destaca o médico.

Integração de ciência e prática médica

De acordo com estudos recentes citados pelo Dr. Clécio, a redução de 5% a 10% do peso corporal já oferece benefícios relevantes à mobilidade e à diminuição das dores articulares. “Avanços como o uso de análogos do GLP-1, a exemplo da semaglutida e tirzepatida, mostraram importante contribuição para a redução do apetite e do peso, facilitando o tratamento. Mas a verdadeira chave está na combinação entre intervenção farmacológica, dieta anti-inflamatória e exercício individualizado”, afirma.

O protocolo DESTRA — sigla criada pelo médico — é composto por seis pilares: dieta anti-inflamatória personalizada, exercícios orientados para preservação da massa magra, qualidade do sono, terapias injetáveis/metabólicas sob prescrição, reposição de nutrientes essenciais e acompanhamento médico constante. “A ideia é proporcionar segurança, eficácia e suporte integral durante todo o processo”, resume o ortopedista.

Resultados rápidos e manutenção prolongada

O pontapé inicial do método inclui avaliação clínica, exames laboratoriais e bioimpedância. A paciente recebe orientações para seguir o protocolo semanalmente e é monitorada por até seis meses. “Entre oito e dez quilos podem ser eliminados nas oito primeiras semanas, com redução relevante da dor e retorno da paciente a atividades cotidianas, como subir escadas, caminhar e até dançar”, relata Dr. Clécio.

Outra etapa importante do método é a chamada “Blindagem Anti-Sanfona”, desenhada para evitar o reganho de peso e garantir manutenção dos benefícios a longo prazo.

Foto: Divulgação.

Para quem o método é indicado?

O protocolo foi estruturado para mulheres entre 38 e 65 anos, com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 28 e 35 kg/m², histórico de dor articular crônica nos joelhos, quadril ou coluna, além de quem já tentou emagrecer sem sucesso ou deseja evitar cirurgia. “Recebemos também muitas pacientes receosas de se tornar dependentes de analgésicos a longo prazo”, comenta o ortopedista.

Nova perspectiva: leveza além da balança

Para o Dr. Clécio de Lima Lopes, a abordagem integrativa oferece não só redução do peso, mas também mais qualidade de vida física e emocional. “O objetivo é ajudar as mulheres a experimentarem mais leveza, autonomia e disposição, indo muito além do alívio da dor”, reforça o médico.

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