O mundo tem hoje mais autocracias do que democracias. É o que mostra o Relatório V-Dem 2025, feito por pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.
Segundo o estudo, 91 países vivem sob regimes autoritários. Neles, o poder está concentrado nas mãos de uma só pessoa ou de um pequeno grupo. Já o número de democracias, que têm poderes independentes, caiu para 88 países.
Mesmo com esse cenário preocupante, o Brasil se destacou de forma positiva. O relatório aponta que o país conseguiu reverter parte da perda democrática dos últimos anos.
O Brasil aparece na 29ª posição entre as democracias do mundo. E segundo o estudo, a participação popular, o papel do Judiciário e a articulação política nas eleições de 2022 foram fundamentais.
O relatório também menciona o impeachment de Dilma Rousseff como ponto de virada institucional. E diz que, no governo Lula 3, houve fortalecimento das instituições.
O estudo foi feito com a ajuda de 4.200 pesquisadores de 202 países. A Dinamarca lidera o ranking global. Na América Latina, o destaque vai para o Chile, como a democracia mais forte da região.
Mesmo com os avanços, o relatório alerta: o risco de retrocesso autoritário ainda existe no Brasil.



