2025 é um ano especial para a cantora e compositora natalense Roberta Sá, aniversariante de hoje!
Roberta está completando 45 anos de vida e 20 anos de carreira em grande estilo: ela lançou no último dia 12 de dezembro (12/12), às 12h, o seu 12º trabalho: o álbum audiovisual “Tudo Que Canto Sou”.
Uma coincidência linda de números que torna tudo ainda mais especial. “Tudo Que Cantei Sou” foi gravado ao vivo, em setembro de 2025, sem plateia, na Casa de Francisca, em São Paulo, e já está disponível em todas as plataformas de música e vídeo, com distribuição da Deck Discos.
O primeiro show da turnê do álbum também será em São Paulo, no dia 15 de janeiro, no Teatro Bradesco. Antes disso, Roberta lançou o álbum apenas musical de mesmo nome, em julho de 2025, para iniciar as comemorações dos seus 20 anos de carreira, carreira esta que iniciou com o álbum “Braseiro“, de 2005.
“Tudo Que Canto Sou” conta com 14 faixas escolhidas a dedo, que reúnem momentos marcantes da trajetória da cantora. Em formato intimista, Roberta Sá se apresenta ao lado de Alaan Monteiro (bandolim) e Gabriel de Aquino (violão).
A ideia de transformar o show comemorativo em audiovisual surgiu da forte reação do público e da equipe que acompanhou a turnê nos últimos meses: “Todo mundo que saía do teatro dizia: ‘Você tem que gravar isso!’. A resposta foi muito bonita e espontânea”, comenta Roberta Sá.
No trabalho, Roberta revisita 14 canções fundamentais de sua discografia:
1. Água Doce (Roque Ferreira)
Gravada pela primeira vez pela cantora em seu álbum “Quando o Canto é Reza – Canções de Roque Ferreira”, de 2010, uma homenagem ao compositor baiano Roque Ferreira. O disco tem coco, maxixe, samba carioca, maracatu, samba-de-roda e 13 canções do compositor – oito delas, inéditas.
“Água Doce” ainda foi incluída no CD e DVD “Delírio no Circo – Ao Vivo”, lançado por Roberta Sá em 2016 e gravado no Circo Voador – RJ. O registro rendeu o prêmio de Melhor Cantora de Samba no Prêmio da Música Brasileira de 2017.
2. Eu Sambo Mesmo (Janet de Almeida)
O samba de 1946, foi gravado originalmente pelo conjunto “Anjos do Inferno” e gravada pela primeira vez por Roberta em seu primeiro álbum “Braseiro”, de 2005, há exatos 20 anos.
Sobre este primeiro álbum, Roberta diz: “O repertório é uma declaração de amor à música popular brasileira. Pelo menos a que eu conhecia até aquele momento. É um álbum de memórias musicais afetivas. Foi aí que começou minha formação profissional, através do convívio com músicos e artistas fabulosos.”.
Depois, “Eu Sambo Mesmo” foiincluída no DVD do seu álbum “Pra se Ter Alegria – Ao Vivo no Rio”, de 2009.
3. Casa Pré-Fabricada (Marcelo Camelo)
Lançada pela primeira vez pela cantora também no álbum “Braseiro”, de 2005 e depois no DVD do álbum “Pra se Ter Alegria – Ao Vivo no Rio”, de 2009, “Casa Pré-Fabricada” foi lançada pela banda Los Hermanosno álbum “Bloco do Eu Sozinho”, de 2001.
4. Pavilhão de Espelhos (Lula Queiroga)
Gravada pela primeira vez em seu álbum “Segunda Pele”, de 2012, com participação de Ballaké Sissoko e Vincent Segal. A canção entrou, no mesmo ano, para a trilha sonora da novela global “Cheias de Charme”.
5. Não Posso Esconder o que o Amor me Faz (Cezar Mendes/ Capinam)
Lançada pela primeira vez no álbum “Delírio”, de Roberta Sá, em 2015, que teve participações de Martinho da Vila, Chico Buarque, António Zambujo e Xande de Pilares.
A canção também foi incluída no CD e DVD “Delírio no Circo – Ao Vivo”, de 2016.
6. Virada (Manu da Cuíca e Marina Íris)
Uma das três gravações inéditas na voz de Roberta do álbum, “Virada” foi lançada por uma das compositoras da canção – Marina Íris – com participação de Péricles, em um single de 2021.
7. Lavoura (Pedro Amorim e Teresa Cristina)
Também gravada no primeiro álbum de Roberta, “Braseiro”, de 2005, com participação de Ney Matogrosso, no mesmo ano em que foi lançada por uma das compositoras da faixa,Teresa Cristina, em seu álbum com o Grupo Semente, “A Vida me Fez Assim”.
8. Juras (Fernando de Oliveira e Rosa Passos)
(citação: Saudade Louca – Arlindo Cruz, Acyr Marques e Franco)
Outra gravação inédita na voz de Roberta Sá. Segundo ela, Rosa Passos éreferência fundamental em sua formação, então, gravar “Juras” – lançada pela primeira vez pela própria Rosa Passos, no seu álbum “Festa“, de 1993 – é uma forma de reconhecer a importância de uma das maiores cantoras, compositoras e violonistas do país.
9. Essa Confusão (Dora Morelenbaum e Zé Ibarra)
Esta é outra música inédita na voz de Roberta Sá e que já havia sido gravada por um dos compositores, Zé Ibarra, em seu álbum “Afim“, também de 2025.
Ainda para Roberta, destacar as compositoras e vozes femininas – Rosa Passos, Teresa Cristina, Dora Morelenbaum, Manu da Cuíca e Marina Íris – é um gesto natural dentro da sua caminhada: “Se estou contando minha história, faz sentido perguntar: quais são as mulheres que me ajudam a contá-la hoje? (…) Essas mulheres representam o que eu acredito que é perene, que não é passageiro, nem frívolo. São artistas com muita consistência musical, e estar próxima delas, cantando suas canções, é reafirmar o lugar da mulher na música brasileira com profundidade e verdade”.
10. Marejada (Roque Ferreira)
11. Cocada (Roque Ferreira)
Ambas também gravadas pela primeira vez pela cantora em seu álbum “Quando o Canto é Reza – Canções de Roque Ferreira”, de 2010, uma homenagem ao compositor baiano.
12. O Lenço e o Lençol (Gilberto Gil)
Lançada por Roberta Sá em 2019, no seu disco “Giro“, um projeto com 11 canções inéditas do baiano Gilberto Gil.
“Giro” é a faixa que abre e que dá nome ao álbum e a faixa “Ela Diz Que Me Ama” marcou o retorno de uma parceria de Gilberto Gil com Jorge Ben Jor após 44 anos.
13. Fogo de Palha (Gilberto Gil e Roberta Sá)
Também do álbum “Giro”, “Fogo de Palha” é uma composição em parceria entre Roberta Sá e Gilberto Gil.
14. Olho de Boi (Rodrigo Maranhão)
Faixa que inspirou o título do projeto, “Olho de Boi” é uma composição de Rodrigo Maranhão e traz o verso: “O que não falei, sim / Tudo o que cantei sou”. Ela já havia sido gravada por Roberta Sá em seu primeiro álbum, “Braseiro“, há exatos 20 anos.
Sobre Roberta Sá
Nascida em Natal, no Rio Grande do Norte, Roberta mudou-se para o Rio de Janeiro com apenas nove anos de idade. Em 2002, participou da 2ª temporada do programa “Fama”, reality show para novos talentos da música da Rede Globo.
Em 2004, gravou uma demo e entregou à Gilberto Braga, diretor da novela “Celebridade”, também da Globo, que a convidou para interpretar a canção ‘A Vizinha do Lado”, de Dorival Caymmi, na trilha da novela. Com sua bela voz e personalidade única, Roberta Sá logo conquistou o Brasil inteiro, tornando-se uma das principais cantoras do país.
Em 2005, a artista lançou o seu primeiro álbum – “Braseiro” – que conta com a participação de Ney Matogrosso, Pedro Luís e a Parede e MPB4 e traz canções de Ney, Pedro, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Teresa Cristina e Marcelo Camelo.
A partir do segundo disco, “Que Belo Estranho Dia Pra Se Ter Alegria”, de 2007, Roberta Sá também passou a incluir canções autorais em seu repertório e mostrar-se uma grande compositora. Desde então, foram 12 álbuns de sucesso no total e diversas parcerias com nomes consagrados da música popular brasileira.
Além de cinco indicações ao Grammy Latino:
- Artista Revelação do Ano e Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, com o álbum “Que Belo Estranho Dia Pra Se Ter Alegria”, em 2008;
- Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, em 2016, com o disco “Delírio”;
- Melhor Álbum de Samba e Pagode com “Delírio no Circo”, em 2017;
- Melhor Álbum de Samba e Pagode com “Sambasá“, em 2024.
Em 2022, a cantora lançou o álbum “Sambasá”, inteiramente dedicado ao samba e com participações especiais de Péricles e Zeca Pagodinho, e que ganhou uma versão ao vivo gravada no Circo Voador, no Rio de Janeiro, no ano seguinte.
No palco, Roberta se inspirou no clima das rodas de samba, fincou o pé no ritmo-símbolo do Brasil, mostrando um canto potente, livre e com a segurança que as duas décadas de carreira lhe conferem.



