A Terra está girando mais rápido do que o normal hoje, fazendo com que o dia dure 1,34 milissegundo a menos. Esse encurtamento é resultado de uma leve aceleração na rotação do planeta em torno de seu próprio eixo. Embora o fenômeno chame atenção, ele é imperceptível: para comparação, um piscar de olhos dura cerca de 300 milissegundos. A situação não é inédita — em 9 de julho, algo semelhante já havia ocorrido, e outra aceleração está prevista para 5 de agosto.
Variações de rotação não são novidade
A ciência já registrou diversos momentos em que a Terra girou mais rápido do que o habitual. Em 2005, o planeta teve o dia mais curto da época, com 1,0516 milissegundos a menos. Mas o recorde foi superado em 2020, quando foram registrados 28 dos dias mais curtos desde a adoção dos relógios atômicos. O ápice veio em 29 de junho de 2022, com uma rotação 1,59 milissegundos mais rápida que o padrão. Apesar disso, cientistas garantem que não há motivo para preocupação.
Por que isso acontece?
Segundo especialistas, a Terra desacelera sua rotação ao longo dos milênios, mas acelerações pontuais podem ocorrer por razões ainda pouco compreendidas. Entre os fatores envolvidos estão o comportamento do núcleo do planeta, a movimentação dos oceanos e da atmosfera. Se as alterações se acumularem ao longo do tempo, pode ser necessário ajustar nossos relógios com o chamado “segundo bissexto”, que pode ser positivo ou negativo. Desde 1973, esse ajuste já foi feito 27 vezes.
