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Ter filhos depois dos 40 já é uma realidade segura e acessível: veja como a medicina ajuda

Avanços como congelamento de óvulos e fertilização in vitro permitem que mulheres realizem o sonho da maternidade mesmo após os 40 anos, com mais tranquilidade e segurança.

Durante muito tempo, a ideia de ser mãe depois dos 40 anos foi vista com desconfiança e cercada de tabus. Hoje, graças às inovações da medicina reprodutiva, esse cenário mudou: mulheres e casais podem planejar a chegada dos filhos mesmo em idades mais avançadas, desde que com informação e acompanhamento médico adequado.

A fertilidade feminina realmente diminui com o passar dos anos, mas avanços científicos ampliaram as opções para quem deseja engravidar mais tarde. Segundo a médica especialista em Reprodução Assistida Maria Cecília Erthal, o chamado “relógio biológico” segue firme, mesmo em uma sociedade onde a expectativa de vida só cresce e as mulheres conquistam mais autonomia profissional.

  • Aos 30 anos, a chance mensal de engravidar naturalmente é de cerca de 20%.
  • Aos 40, essa chance cai para 5% ou menos.

“Os óvulos envelhecem com o tempo, mas a medicina oferece soluções para preservar e ampliar a fertilidade”, afirma Maria Cecília. Uma das principais tecnologias é o congelamento de óvulos, indicado especialmente para quem deseja postergar a maternidade. Assim, a mulher pode usar óvulos de melhor qualidade no futuro, aumentando as chances de sucesso ao engravidar.

“Esse recurso devolve à mulher a possibilidade de escolher o momento mais adequado para ser mãe, equilibrando vida pessoal e profissional”, explica a médica.

A fertilização in vitro (FIV) segue sendo a principal alternativa para quem deseja engravidar depois dos 40 anos. Inovações como o Estudo Genético Pré-Implantacional (PGT-A), incubadoras inteligentes e inteligência artificial tornaram o processo ainda mais eficaz e seguro, permitindo a seleção dos melhores embriões para a gestação.

  • PGT-A: é como um “check-up” dos embriões, garantindo que apenas os mais saudáveis sejam transferidos.
  • Incubadoras inteligentes: monitoram os embriões sem tirá-los do ambiente protegido.
  • Inteligência Artificial: ajuda a escolher óvulos, espermatozoides e embriões com maior potencial.

E para quem já não possui óvulos viáveis após os 40 ou 45 anos, Maria Cecília destaca a possibilidade da recepção de óvulos: “Nesse caso, óvulos de doadoras jovens são fertilizados e o embrião transferido para o útero da paciente. As taxas de sucesso são altas, possibilitando viver toda a experiência da gestação”.

Engravidar mais tarde, além dos desafios, pode representar uma nova perspectiva para a família. “Mulheres que se tornam mães após os 40 costumam relatar maior maturidade emocional, segurança financeira e uma rede de apoio mais consolidada”, ressalta a médica. Esses fatores podem tornar a experiência ainda mais rica e positiva.

  • Maturidade emocional: ajuda a lidar melhor com os desafios da maternidade.
  • Estabilidade financeira: permite oferecer mais estrutura ao filho.
  • Rede de apoio: relacionamentos mais sólidos e escolhas mais conscientes.

Apesar das vantagens, a médica reforça que a gestação tardia exige acompanhamento rigoroso para minimizar riscos como hipertensão, diabetes gestacional e parto prematuro. “O acompanhamento multidisciplinar aumenta muito a segurança para vivenciar a gravidez após os 40”, recomenda.

A medicina reprodutiva revolucionou a maternidade ao permitir que, independentemente da idade, mulheres possam escolher quando e como querem ser mães. “A maternidade não tem idade certa, e sim o tempo da escolha”, conclui Maria Cecília Erthal. A revolução silenciosa trazida por esses avanços já impacta a vida de milhares de mulheres pelo Brasil e pelo mundo.

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