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Vacinação em idosos: um gesto simples que salva vidas e garante longevidade saudável

Muita gente ainda associa vacinação à infância, mas o envelhecimento exige cuidados específicos — e entre eles, a imunização tem papel crucial. Com o avanço da idade, o sistema imunológico passa a responder de forma mais lenta e menos eficaz, fenômeno conhecido como imunossenescência. Isso torna os idosos mais vulneráveis a infecções comuns, como gripe e pneumonia, além de complicações que podem comprometer a autonomia e até a vida.

“Envelhecer com saúde depende, entre outros fatores, da prevenção. E a vacinação é uma das medidas mais eficazes para proteger a saúde do idoso”, explica a médica Julianne Pessequillo, geriatra e membro da Brazil Health. Segundo ela, vacinas atualizadas evitam hospitalizações, perda de funcionalidade e contribuem para um envelhecimento mais ativo e seguro.

Vacinas recomendadas para quem tem 60 anos ou mais

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece gratuitamente uma série de vacinas essenciais para os idosos. Entre as principais, estão:

  • Influenza: anual, reduz risco de pneumonia e complicações de doenças crônicas.
  • Pneumocócicas (VPC13, VPC20 e VPP23): previnem infecções graves como meningite e pneumonia.
  • dT ou dTpa: protege contra difteria, tétano e coqueluche, com reforço a cada 10 anos.
  • Herpes-zóster: disponível na rede privada, previne neuralgia pós-herpética, complicação dolorosa do cobreiro.
  • COVID-19: esquema completo reduz hospitalizações em até 90%. Reforço é indicado a cada 6 meses.
  • Hepatite B: oferecida pelo SUS para todas as idades, inclusive idosos. A infecção pode evoluir de forma silenciosa e causar complicações no fígado.
Foto: Divulgação.

Por que muitos idosos ainda não se vacinam?

Apesar da eficácia e da oferta gratuita, a cobertura vacinal entre idosos está abaixo do ideal. Segundo dados do Ministério da Saúde, a meta de 90% de imunização contra a gripe não tem sido atingida nos últimos anos. “Isso acontece não só por escolha, mas também por desinformação e barreiras práticas”, aponta a geriatra.

Entre os obstáculos estão:

  • Mitos como “vacina enfraquece a imunidade” ou “depois de velho não adianta mais”
  • Falta de campanhas educativas regulares e acessíveis
  • Dificuldade de locomoção até as unidades de saúde
  • Falta de acompanhante, longas filas ou ausência de atendimento prioritário

Cuidar é também vacinar

Além da proteção individual, vacinar-se é um ato coletivo de cuidado. “A vacina é um estímulo para que o sistema imunológico, mesmo mais lento, reaja com eficiência e proteja o corpo contra formas graves das doenças”, explica a médica. Um estudo publicado na revista Vaccine mostrou que a vacinação contra a gripe reduziu em 40% as hospitalizações por pneumonia em idosos.

Mais do que uma recomendação, vacinar é uma medida de saúde pública. Cada dose representa um passo para evitar internações, preservar a qualidade de vida e garantir mais anos com saúde e autonomia. “Vacinar-se é um investimento em longevidade. E essa conversa deve fazer parte do consultório, da família e da sociedade como um todo”, conclui a geriatra.

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