RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Vanessa Pedrosa: “O que a voz não diz com palavras: escutar é cuidar”

A inteligência artificial tem mostrado caminhos promissores para inovar práticas de avaliação emocional — inclusive em situações críticas, como o risco iminente de suicídio.

Um estudo recente analisou marcadores vocais em atendimentos telefônicos de centrais de prevenção, demonstrando que é possível realizar diagnósticos objetivos, eficientes e acessíveis por meio da voz, em contextos reais.

A voz reflete diretamente nosso estado emocional e fisiológico. Quando nos sentimos seguros, o corpo relaxa, a respiração se estabiliza, e a voz mostra mais melodia e mais projeção. É o que o neurocientista Stephen Porges chama de engajamento social — um estado de presença tranquila, onde conseguimos nos comunicar com abertura e atenção. Já sob ameaça, mesmo emocional, a voz pode ficar tensa, apagada, acelerada ou até falhar.

E por que isso importa?

Porque a voz é uma ferramenta de diagnóstico. Ela revela cansaço, sobrecarga, medo, entusiasmo, presença. Quando prestamos atenção, podemos oferecer acolhimento, ajustar o tom, criar pontes.

Então, escute as pessoas à sua volta. O que a voz delas está dizendo além das palavras? O que mudou e você ainda não percebeu?

Observe sinais como velocidade de fala, tom de voz, respiração, modulação das frases. Combine isso com a linguagem corporal e com o conteúdo do discurso — que pode estar mais otimista, mais agressivo ou mais pessimista. Se algo te chamar atenção, oriente, acolha ou busque ajuda.

A atenção à voz do outro pode ser, sim, uma forma de cuidado — e até de salvar vidas.

COMPARTILHAR:

Mais do Colunista

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.