Quando se fala em música popular brasileira, é impossível não mencionar Pixinguinha, um dos maiores compositores, arranjadores e instrumentistas que o país já teve. Nascido Alfredo da Rocha Viana Filho, no Rio de Janeiro, em 1897, Pixinguinha se tornou referência no choro, gênero musical que mistura samba, polca, maxixe e influências africanas e europeias, e cujo impacto atravessa gerações.
Pixinguinha não apenas compôs clássicos atemporais, como “Carinhoso”, “Lamento” e “Rosa”, mas também foi um verdadeiro revolucionário da música brasileira. Ele modernizou o choro, incorporando sopros e harmonias sofisticadas, elevando o gênero a novos patamares de sofisticação musical. Com sua flauta e saxofone, Pixinguinha transformou melodias simples em verdadeiras obras-primas, cheias de emoção e complexidade, que ainda hoje encantam músicos e ouvintes.
O legado de Pixinguinha vai muito além da música. Ele ajudou a consolidar a identidade cultural do Brasil no início do século XX, mostrando como ritmos populares podiam dialogar com inovação musical e técnica instrumental refinada. “Carinhoso”, sua composição mais famosa, tornou-se um símbolo do choro e da música brasileira, eternizada por intérpretes de diferentes gerações e reverenciada internacionalmente.

Além da genialidade musical, Pixinguinha enfrentou desafios de sua época, incluindo preconceito racial e limitações sociais, mas sempre encontrou na música um caminho para expressar criatividade e emoção. Seu trabalho influenciou diretamente artistas como Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e até a bossa nova, provando que sua contribuição para a música brasileira é incomensurável.
Conhecer Pixinguinha é, portanto, mergulhar na história da música nacional e entender a força do choro como expressão de identidade, resistência e talento. Sua obra permanece viva, não apenas nas partituras e gravações, mas na memória afetiva de todos que já se emocionaram com a delicadeza de “Carinhoso” ou com a energia contagiante de suas composições instrumentais.
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