A Polícia Civil investiga os motivos que levaram ao espancamento de Guilherme Araujo Cabral Alvarelo, de 21 anos, durante uma festa de rodeio na cidade de Piquete, na madrugada de domingo (6).
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Segundo o registrado no boletim de ocorrência, cerca de 10 pessoas teriam participado das agressões, que aconteceram por volta das 2h40, na Praça Duque de Caxias, região central da cidade. O rapaz foi socorrido em estado grave ao pronto-socorro de Lorena e teve morte cerebral confirmada na manhã de segunda-feira (7).
Em entrevista à TV TH+ SBT Vale, a mãe de Guilherme contou que a briga possivelmente começou dias antes, após um esbarrão em um homem durante o mesmo evento.
“Eu soube que tudo começou com um esbarrão que ele deu em um dos meninos na festa, na quinta-feira. Eles até conversaram e parecia que tinha ficado tudo bem. Na sexta-feira também estava tudo tranquilo. Mas no sábado, ele voltou pra festa com um amigo. Quando estavam saindo do banheiro, mais de dez meninos juntaram nele e três no amigo. Jogaram uma substância no olho dele, acho que areia, pra conseguir derrubar ele. Espancaram meu filho até ele desmaiar”, contou Suelem Cabral.

A mãe contou que o jovem era trabalhador e ganhava a vida como motoboy em Lorena. Ela também criticou a falta de segurança no evento, principalmente no local onde as agressões aconteceram.
“Uma festa daquele tamanho, com cantor de fora, que as pessoas pagaram caro, e não ter policiamento? Ainda mais perto de banheiro? Deixaram um menino ser espancado até a morte. É muita crueldade. Ele não era bandido, era trabalhador”, desabafou a mulher.
Em nota, a Prefeitura de Piquete informou que todas as medidas de segurança haviam sido adotadas para garantir a tranquilidade do público e que uma equipe médica prestou “socorro imediato” à vítima. A administração municipal disse ainda que lamenta o ocorrido, classificando-o como um “episódio isolado”, e destacou que o restante da programaçõo transcorreu “sem incidentes de maior gravidade”.
O caso é investigado pela Polícia Civil de Lorena, que tenta identificar os agressores e descobrir as circunstâncias do ocorrido. Ninguém havia sido preso até a publicação da reportagem.
Doação de órgãos
Apesar do sofrimento com a perda, a mãe de Guilherme tomou a decisão de autorizar a doação dos órgãos do filho. Segundo ela, mesmo diante da brutalidade da agressão, essa foi uma forma de transformar a dor em esperança para outras famílias.
“Quero mostrar quem ele era. Ele era amoroso, amigo, querido por todos. Eu sei que ele pode salvar várias vidas, porque os órgãos dele estão todos bons. Essa foi minha decisão. E sei que ele deve estar muito feliz com isso”, afirmou, emocionada.
Embora a morte cerebral de Guilherme tenha sido confirmada, ele seguia internado na Santa Casa de Lorena nesta quarta-feira (9) para a finalização do processo de doação.
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